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Informe MS

Saúde de primeira

Publicado em 24 novembro 2009

Embora tenha caído algumas posições na colocação geral de dois dos principais rankings internacionais de universidades, na área de saúde a Universidade de São Paulo (USP) se destacou e entrou, em 2009, no grupo das 100 melhores instituições superiores do mundo.

No ranking do Times Higher Education Supplement (THE), publicado anualmente desde 1971 pelo suplemento de educação do jornal britânico The Times, a USP estava em 114º lugar na área de ciências da vida e biomédicas em 2008. Em 2009, subiu 22 posições, chegando à 92ª colocação.

Já no quadro geral, a USP estava em 196º em 2008. Com uma queda de 11 posições, a universidade ficou com o 207º lugar na lista de 2009.

A USP também está entre as 100 melhores em saúde no Ranking Acadêmico de Universidades do Mundo (ARWU, na sigla em inglês), publicado desde 2003 pelo Centro de Universidades de Classe Mundial e pelo Instituto de Educação Superior da Universidade Jiao Tong, em Xangai (China).

Na área de medicina clínica e farmácia do ARWU, a USP está em 2009 na faixa do 77º ao 100º lugar. No ranking chinês, a partir da 50º posição a diferença de pontuação entre as instituições é pequena e elas são agrupadas por faixas que, em 2009, vão do 51º ao 76º e do 77º ao 100º.

Em 2008, a colocação da USP na área de medicina clínica e farmácia era semelhante à atual, na faixa que vai do 76º ao 107º lugar. Já no quadro geral do ARWU, a universidade aparece na faixa que vai do 101º ao 151º lugar, tanto em 2008 como em 2009.

De acordo com o diretor científico da Fapesp (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo), Carlos Henrique de Brito Cruz, o bom desempenho da USP em áreas ligadas à saúde e à medicina está à altura da tradição científica no setor.

"A saúde é a mais tradicional e bem estabelecida área de pesquisa em São Paulo. Em ciência, o patrimônio cultural acumulado tem um valor importante e isso se manifesta nessas avaliações. É também a maior comunidade de pesquisa no Estado: em 2008, dos 9 mil pesquisadores que apresentaram propostas à Fapesp, 2,5 mil eram da área de saúde", disse.

Segundo o diretor científico, a boa colocação da USP no ranking em áreas de saúde também reflete a dimensão dos investimentos nesse setor. "A maior fatia dos recursos investidos pela Fapesp vai para a saúde", destacou, acrescentando que as quatro unidades da USP que recebem mais recursos da Fundação são a Faculdade de Medicina (FM), a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) e o Instituto de Química (IQ).

De acordo com o Relatório de Atividades da Fapesp, em 2008 o desembolso total da Fundação para projetos classificados na área de saúde superou os R$ 161,6 milhões, perfazendo mais de 25% do total desembolsado. A segunda área a receber mais investimentos foi a de biologia, com mais de R$ 96 milhões, ou cerca de 15% do total.