O lançamento do Glory, que estava previsto para o dia 23 de fevereiro, para o dia 23 de fevereiro, foi adiado por motivos técnicos e deverá ocorrer este mês, na Califórnia. De acordo com a Nasa, a agência espacial norte-americana, os problemas estão sendo resolvidos e a partir do dia 4 poderá começar a contagem regressiva.
A nova missão científica tem como objetivo oferecer informações que permitam uma melhor compreensão de como o Sol e os aerossóis influenciam o clima terrestre.
Aerossóis são minúsculas partículas líquidas ou sólidas suspensas na atmosfera que têm papel crítico no clima do planeta e estão presentes em praticamente todos os locais, do ar na superfície onde os humanos respiram até as mais elevadas camadas da atmosfera.
Os aerossóis medem de um centésimo de micrômetro, ou o tamanho das menores bactérias, a dezenas de micrômetros, ou o diâmetro de um fio de cabelo.
Dos equipamentos do Glory, o sensor de polarimetria (APS, na sigla em inglês) coletará dados sobre os aerossóis atmosféricos, tais como forma, composição e refletividade dos diferentes tipos de partículas.
O monitor de irradiância total (TIM) medirá variações na atividade solar ao medir a quantidade de radiação que atinge o topo da atmosfera terrestre.
Os dados enviados pelo satélite de meia tonelada permitirão realizar medidas precisas da influência dos aerossóis e da energia solar no clima terrestre.
Segundo os responsáveis pela missão, os dois fatores influenciam o balanço energético da Terra - relação entre a energia que entre e a que sai pela atmosfera - e seu conhecimento será importante para antecipar mudanças futuras no clima e como elas poderão afetar a vida no planeta.
O Glory se juntará a uma frota de satélites de observação terrestre conhecidos como Constelação A, ou Trem A, destinados ao estudo da biosfera e do clima do planeta. (Fonte: Agência Fapesp)