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Sapos, rãs e salamandras: 9 anfíbios que nunca mais foram vistos (2 notícias)

Publicado em 25 de julho de 2022

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Revista Casa e Jardim online

Conheça 9 espécies que não aparecem há décadas em seus habitats naturais e estão provavelmente extintas

Os anfíbios são alguns dos animais mais sensíveis às mudanças climáticas, já que regulam sua temperatura corporal de acordo com o ambiente externo. Um estudo financiado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) estima que as mudanças na temperatura e na frequência de chuvas previstas para o planeta entre 2050 e 2070 deverão provocar a extinção de até 10% das espécies de sapos, rãs e pererecas endêmicas da Mata Atlântica.

Sapos e salamandras são responsáveis pelo controle de insetos que transmitem doenças, ajudam a manter ecossistemas de água doce saudáveis ​​e abrigam substâncias químicas na pele que são possíveis fontes de remédios para os humanos. Por esses e outros motivos, o desaparecimento dessas espécies é uma perda grave para a biodiversidade da Terra.

Conheça 9 espécies de anfíbios que não são vistas há décadas e estão provavelmente extintas!

1. Sapo-dourado – Incilius periglenes

Visto pela última vez em 1989, o sapo-dourado, endêmico da Costa Rica, é um anfíbio extinto que cientistas esperam reencontrar sobrevivendo em alguns esconderijos nas florestas do país. O sapo provavelmente desapareceu devido a uma combinação do clima seco e o mortal fungo quitrídio.

2. Rheobatrachus vitellinus

O provavelmente extinto Rheobatrachus vitellinus é um sapo incubador gástrico, que tem um modo único de reprodução: as fêmeas engoliam seus ovos, criavam girinos em seus estômagos e depois davam à luz pela boca. Vista pela última vez em 1985, a espécie sofreu massivamente com a perda de habitat.

3. Sapo da Mesopotâmia – Rhinella rostrata

O sapo da Mesopotâmia não é visto desde 1914. Conservacionistas têm a esperança de que eles ainda existam em áreas isoladas da Colômbia, contudo, iniciativas recentes falharam em reencontrar a espécie.

4. Sapo pintado africano – Callixalus pictus

Provavelmente nunca fotografado, o sapo pintado africano não é visto em seu habitat natural, na África Central (República Democrática do Congo e em Ruanda), desde 1950.

5. Salamandra do Turquistão – Hynobius turkestanicus

Conhecida a partir de apenas dois espécimes coletados em 1909, na Ásia Central, a salamandra do Turquistão é amplamente desconhecida pela ciência.

6. Sapo escarlate – Atelopus sorianoi

O sapo escarlate era encontrado em apenas um único riacho que atravessa uma floresta isolada na Venezuela, onde a espécie foi vista pela última vez em 1990.

7. Salamandra do lago Yunnan – Cynops wolterstorffi

A salamandra do lago Yunnan é uma espécie extinta que só era encontrada perto do Lago Kunming, na China. Apesar de extensas buscas, não é vista desde 1979. Acredita-se que as razões para sua extinção sejam a perda de habitat, a poluição e espécies exóticas introduzidas.

8. Salamandra do falso riacho Jalpa – Pseudoeurycea exspectata

Endêmica da Guatemala, a salamandra do falso riacho Jalpa, era uma espécie de anfíbio da família Plethodontidae que vivia dentro ou sob troncos úmidos e podres, dentro de tocas feitas por besouros ou em bromélias.

9. Salamandra de Ainsworth – Plethodon ainsworthi

A salamandra de Ainsworth é uma espécie extinta da família Plethodontidae. Era endêmica nos Estados Unidos e conhecida apenas por sua série de espécimes coletados no Condado de Jasper, no Mississippi, em 1964. Seus habitats naturais eram florestas temperadas e nascentes de água doce.