A cidade de São Paulo se tornará palco do primeiro posto de combustível do mundo capaz de oferecer hidrogênio produzido a partir de etanol. A iniciativa é fruto de um esforço conjunto do governo do estado e de empresas do setor, como Raizen, Shell Brasil, Hytron, Senai Cetiqt e Toyota.
Localizado na Cidade Universitária, o posto faz parte do projeto intitulado P&D Ethanol to H2, que pode ser traduzido livremente em Pesquisa e Desenvolvimento de Etanol para hidrogênio. Os custos iniciais estão orçados em R$ 182 milhões e o início da operação está previsto para o 2º semestre de 2024.
A planta ocupa uma área de 425 metros quadrados e conta com edifício, instalações e equipamentos para produzir 5kg/hora de hidrogênio quando estiver em funcionamento. O desenvolvimento está a cargo do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa, que reúne profissionais e pesquisadores do setor público e da iniciativa privada.
Em entrevista coletiva, Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, salientou a importância do projeto e, também, do pioneirismo do estado, que largou na frente na corrida para o desenvolvimento de um combustível mais limpo e sustentável.
“Dá um orgulho muito grande saber que o primeiro reformador nessa escala que está sendo feito no mundo, transformando etanol em hidrogênio, está sendo feito aqui no Brasil, aqui em São Paulo e aqui na Universidade de São Paulo. Aquilo que o mundo está buscando, a gente está um passo à frente”.
Projeto conta com três ônibus e um Toyota Mirai
O projeto do posto de hidrogênio produzido a partir do etanol conta, a princípio, com Toyota Mirai, sedan movido a hidrogênio, e três ônibus cedidos pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU). Todos serão alimentados por células de combustível que geram eletricidade a partir do hidrogênio.
Os veículos serão utilizados exclusivamente para rodar no campus da USP, aumentando a autossuficiência e a sustentabilidade da Universidade de São Paulo. Para Vahan Agopyan, secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, a iniciativa “levará a resultados palpáveis na sustentabilidade, no social e com viabilidade econômica”.
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