Acordo para a instalação do complexo de laboratórios na USP foi assinado nesta sexta-feira (31) pelo governador Tarcísio de Freitas em Paris
O Governador Tarcísio de Freitas participou na manhã desta sexta-feira (31) da assinatura do contrato de parceria entre o Institut Pasteur da França e a USP (Universidade de São Paulo) para a criação de uma unidade do Pasteur em São Paulo, a primeira no Brasil.
Um dos focos do centro paulista será o estudo de novas viroses e a identificação de possíveis novas pandemias. Com a formalização da unidade, também poderão ser realizadas pesquisas científicas de classe mundial em uma série de tipos de doenças (transmissíveis e não-transmissíveis, emergentes, reemergentes, negligenciadas ou progressivas).
A cerimônia de assinatura do contrato também contou com as presenças do presidente do Institut Pasteur da França, Stewart Cole; do reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Filho; do secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Vahan Agopyan; do presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Marco Antonio Zago; e do diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás.
A assinatura é o passo final de uma parceria iniciada em 2017 entre o Institut Pasteur e a USP. À época, foi firmado um convênio para a construção de uma plataforma técnico-científica entre as duas instituições, que é uma etapa intermediária antes da criação do instituto. No mesmo ano, foi dado início às obras de instalação do prédio da plataforma e da futura sede do Instituto na Cidade Universitária, na capital paulista. No ano seguinte, foram adquiridos os equipamentos necessários para o funcionamento da plataforma, ao custo de R$ 6 milhões. Os recursos são oriundos da Fapesp e do Institut Pasteur da França. As operações foram iniciadas em 2020.
Infraestrutura
O Institut Pasteur de São Paulo ficará sediado na Cidade Universitária da USP, em uma área de 1,7 mil m², que poderá abrigar até 80 pesquisadores simultaneamente. Ele contará com 17 laboratórios, sendo quatro de nível 3 de biossegurança, outros quatro de nível 2 e mais oito de nível 1. Também estarão disponíveis aos cientistas uma plataforma de bioinformática e diversos laboratórios multiusuários.
O centro de pesquisas de São Paulo estará integrado à Rede Pasteur, que conta com 34 polos de investigação científica em 25 países ao redor do mundo. Também será possibilitado o acesso a recursos financeiros para projetos e aos programas de mobilidade e de treinamento de pesquisadores da Rede Pasteur.