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Cruzeiro do Sul

São Paulo tenta recuperar sua cobertura vegetal (1 notícias)

Publicado em 21 de março de 2010

Enquanto o drama do desmatamento compromete terras amazônicas a cada ano, ambientalistas integrantes do governo paulista comentam que a cobertura vegetal no Estado se recupera. Informações oficiais dão conta de um aumento em torno de 1 milhão de hectares recuperados em vegetação nativa e passou a ocupar 17% do território paulista - ante os 13% de 10 anos atrás. Este é o dado que o Instituto Florestal - IF, órgão vinculado à secretaria do Meio Ambiente - SMA, divulgpu durante a semana. O bom resultado se deve, em partes, ao fato do novo mapa de cobertura vegetal do Estado ter sido produzido com imagens de satélites de alta resolução, aumentando em quatro vezes a possibilidade de observação das florestas paulistas. Até 2001, ano do último inventário, o satélite brasileiro CBERS era a referência para levantar estas áreas, agora substituído pelo satélite japonês ALOS que permitiu o alcance a detalhes inéditos.

Além da tecnologia mais avançada, outro motivo a comemorar é o número de fragmentos de vegetação - segundo o próprio IF. Eram 100 mil no último inventário e agora são 300 mil. Isso significa obter o conhecimento detalhado do triplo de vegetação do qual se tinha informações. Esses dados vão ajudar na fiscalização, no rigor dos licenciamentos ambientais, no aperfeiçoamento da legislação ambiental, bem como no auxílio a programas de pesquisa como o Biota-Fapesp - Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo.

Da nova cobertura florestal identificada, também é possível perceber que quase 100 mil hectares são áreas em regeneração, sugerindo uma possível redução do desmatamento no Estado. Para elaborar o novo mapa foram necessários 15 meses de levantamentos feitos por 16 técnicos especialistas em sensoreamento remoto. O projeto contou com o apoio da Fundag Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola e custou R$ 1,5 milhão.

Em visita ao Cruzeiro do Sul, nos últimos dias, o secretário estadual de Meio Ambiente, Xico Graziano, deu conta de programas voltados para a preservação que envolvem a base de todo o processo ecológico: a educação. Programas voltados para escola, treinando professores e cuidando da consciência das crianças são ferramentas necessárias para a continuidade dos planos ecológicos, explicou.