O Governo do Estado de São Paulo lançou em abril a Comissão Especial de Bioenergia. Reunindo quatro secretários de estado, representantes de universidades e da Fapesp, e coordenado por José Goldemberg, a comissão será um marco para o desenvolvimento da produção de energia limpa e renovável como fator central de uma política de progresso para o Estado de São Paulo.
A Comissão Especial de Bioenergia do Estado de São Paulo tem a seguinte composição:
José Goldemberg, coordenador
Alberto Goldman, Secretário de Desenvolvimento
Francisco Vidal Luna, Secretário de Economia e Planejamento
Dilma Seli Pena, Secretária de Saneamento e Energia
João de Almeida Sampaio Filho, Secretário de Agricultura e Abastecimento
Mauro Guilherme Jardim Arce, Secretário dos Transportes
Francisco Graziano Neto, Secretário do Meio Ambiente
Carlos Henrique de Brito Cruz, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - Fapesp
Marcos Jank, da Universidade de São Paulo - USP
Isaias Macedo, da Universidade Estadual de Campinas - Unicamp
Roberto Rodrigues, da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - Unesp
O Plano de Bioenergia a ser elaborado por essa comissão deverá contemplar metas em inúmeros aspectos relacionados ao desenvolvimento do setor, desde a evolução da oferta e demanda interna; acesso a mercados internacionais, barreiras comerciais e técnicas; desenvolvimento da cadeia produtiva (máquinas, implementos, equipamentos, alcoolquímica, serviços e assistência técnica); aspectos ambientais (manejo, reserva legal, emissões e queimadas, mecanização, consumo de água); pesquisa científica e tecnológica (hidrólise, desenvolvimento de máquinas e equipamentos, novos cultivares, alcoolquímica, tecnologias automotivas e controle biológico); recursos humanos (empregos, relações de trabalho, formação e treinamento de recursos humanos); geração de energia (balanço energético, cogeração, aumento da eficiência); logística e transporte (estradas vicinais, rodovias, hidrovias, ferrovias, tancagem, dutos e portos); tributação (regimes diferenciados de ICMS, tributos federais); questões regulatórias (qualidade, normas e padrões, biossegurança, etc.); zoneamento sócio-econômico de São Paulo.
O Estado de São Paulo já investiu enormes somas de recursos financeiros e, em especial, humanos que resultaram no etanol ser hoje um substituto dos combustíveis fósseis de forma absolutamente segura, sustentada e sustentável, técnica e economicamente. É isto que tornou a tecnologia e o programa de etanol a partir da cana-de-açúcar o sucesso que é hoje e modelo para o mundo.