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São Paulo integra projeto internacional de megatelescópio

Publicado em 28 julho 2014

SÃO PAULO - Um dos principais telescópios do mundo terá a participação de pesquisadores do Estado de São Paulo em suas operações, resultado da integração da Fapesp no consórcio internacional do Giant Magellan Telescope (GMT), que começará a ser construído em 2015, nos Andes chilenos, informa a agência Fapesp. O GMT, que deverá funcionar plenamente em 2021, ampliará em cerca de 30 vezes o volume de informações acessíveis aos telescópios atualmente em operação.

A Fapesp investirá US$ 40 milhões no projeto, o que equivale a cerca de 4% do custo total estimado. O investimento garantirá 4% do tempo de operação do GMT para trabalhos realizados por pesquisadores de São Paulo, além de assento no conselho do consórcio.

De acordo com Hernan Chaimovich, membro da Coordenação Adjunta de Programas Especiais e coordenador dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão da Fapesp, estão sendo conduzidas negociações com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para cofinanciamento e ampliação da participação a instituições de todo o Brasil.

"Há o interesse genuíno de ambas as partes que pesquisadores de todos os estados possam usufruir do telescópio e se beneficiem das possibilidades de pesquisa abertas", disse Chaimovich.

Novos horizontes

Para o astrofísico João Evangelista Steiner, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, o GMT abrirá novas fronteiras em quase todas as áreas da astronomia.

"Com essa medida, a Fapesp assegura que a comunidade astronômica brasileira estará na vanguarda por muitas décadas, com grandes oportunidades de descobertas científicas, atraindo novos talentos e também levando inovação para a nossa indústria por meio de parcerias internacionais. Trata-se de um salto quantitativo e qualitativo que firmará a posição do País como participante pleno da astronomia mundial", disse.

O acesso a um telescópio das proporções do GMT será decisivo na formação da comunidade acadêmica brasileira, segundo Steiner. "Participar de pesquisas em instalações de classe mundial será essencial para atrair estudantes e para manter a qualidade da investigação científica na área no mais alto nível", disse.

Agências