A Prefeitura de São José dos Campos e a Sabesp assinam hoje um termo de cooperação técnica para a criação de um centro de pesquisas em saneamento dentro do Parque Tecnológico.
O acordo, inédito no país, será formalizado às 16h durante solenidade na sede da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), em São Paulo. Segundo a Sabesp, o futuro centro desenvolverá tecnologias para distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto, monitoramento de qualidade e redução de perdas. O projeto também contempla a formação de profissionais para o setor, por meio de cursos técnicos e superiores realizados em parceria com instituições de ensino.
"Apostamos muito nesse projeto. Queremos desenvolver novos paradigmas para o saneamento básico", afirmou o superintendente da estatal no Vale do Paraíba, Oto Elias Pinto. A previsão é que o centro comece a funcionar até novembro – inicialmente, ele será instalado dentro do antigo prédio da Solectron, no núcleo do Parque Tecnológico.
O Projeto
A criação do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento de Tecnologias em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental vinha sendo negociada desde o início do ano. A proposta da Sabesp é utilizar o novo polo para desenvolver sistemas que proporcionem um aumento de eficiência nos serviços de água e esgoto oferecidos à população. "São José foi escolhida por ter uma localização privilegiada, a poucos minutos de São Paulo, e pela própria vocação tecnológica da cidade", disse o superintendente.
A estatal pretende selecionar até agosto a instituição de ensino superior que dará suporte ao centro de pesquisas – processo que contará com participação da prefeitura.
Conforme apurou o valeparaibano, a Unesp (Universidade Estadual Paulista) e o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) já teriam sido sondados. "Queremos formar um grupo de elite para pensar o saneamento", afirmou Elias Pinto.
Custos
Ainda não há uma estimativa de quanto será investido no novo centro. Sabe-se apenas que todos os projetos desenvolvidos no local serão custeados por agências de fomento.
A Fapesp, principal financiadora de pesquisas do Estado, promete disponibilizar até R$ 50 milhões para os estudos da Sabesp na área de saneamento. "A Sabesp pretende conquistar novos mercados. O conhecimento que for gerado aqui será exportado para todo o Brasil e até para o exterior", disse o superintendente. A prefeitura ainda evita falar sobre o assunto. Por meio de sua assessoria de imprensa, a administração informou que só se manifestará após a assinatura do termo de cooperação.
O município será representado na solenidade de hoje pelo prefeito Eduardo Cury (PSDB) e pelo assessor de Projetos Estratégicos, Carlos Eduardo Santana.