A administração municipal quer integrar São José do Rio Pardo no “Projeto Multidisciplinar de Produção de Carnes Enriquecidas com Ferro Destinados à Alimentação Escolar”, desenvolvido pela APSC (Associação Paulista de Criadores de Suínos), ITAL
(Instituto de Tecnologia de Alimentos, da SAA - Secretaria Estadual de Agricultura e Alimentação), e PUCC (Pontifícia Universidade Católica de Campinas).
O projeto propõe priorizar o uso da carne de porco na merenda escolar, com base em estudos que demonstram ser um produto bem aceito por crianças e jovens, sendo ao mesmo tempo, “excelente fonte de vitaminas B (tiamina, B1, B2, B3, B6 e B12), além de
ferro e zinco, com baixos níveis de colesterol”. Segundo esses estudos, “o desenvolvimento de produtos cárneos formulados com carne e fígado suínos poderá ser uma alternativa viável sob o ponto de vista econômico e nutricional, principalmente quanto ao fígado, que tem elevado conteúdo de ferro”.
A participação de São José no projeto tornará o município modelo do programa a ser desenvolvido e que foi apresentado no auditório da Coordenadoria de Defesa Agropecuária da SAA, em Campinas, no início do mês.
De acordo com o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Toninho Ferreira, que participou do evento em companhia de funcionários da Secretaria, e suinocultores rio-pardenses, foram apresentados os estudos realizados pela PUC-Campinas, que há 10 anos vem pesquisando problemas de anemia, com financiamento da FAPESP (Fundação de Apoio à Pesquisa). Segundo explicou, a universidade inicialmente desenvolveu um produto à base de fígado de galinha, leite, creme, sal, cebola e alho, em forma de
pasta, contendo os elementos em níveis recomendados.
Agora, os institutos reunidos à APCS decidiram desenvolver estudos nutricionais com base na carne de porco, sendo São José do Rio Pardo praticamente intimada a participar do projeto “por tratar-se de um pólo importante na produção de suínos, inclusive nas questões de recursos hídricos (micro-bacias) e na sustentabilidade ambiental na criação de suínos”, conforme correspondência recebida de Valdomiro Ferreira Jr., presidente da Câmara Ambiental da Suinocultura Paulista e da APCS.
Na reunião, foram debatidos também temas como licença ambiental para produção de suínos, operacionalidade na emissão de Guia de Trânsito Animal, cobrança da água aos suinocultores e fortalecimento das barreiras sanitárias interestaduais.
Logo após o relato da participação rio-pardense na reunião de Campinas, o prefeito enviou ofício ao presidente da Câmara Ambiental, demonstrando a intenção da municipalidade de participar do programa em apoio aos suinocultores e determinou à Secretaria de Agricultura a tomada de providências necessárias para alcançar esse objetivo.
As informações são da Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal.