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Diário de Santa Bárbara d'Oeste

Santa Bárbara não adere a paralisação do SESI/SENAI (1 notícias)

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Professores do SESI (Serviço Social da Indústria) que integram a região de Campinas e cerca de 70% das unidades de São Paulo paralisaram as aulas, na tarde de ontem, em reivindicação a melhores salários, contra a superlotação em salas de aula e o fim das cobranças excessivas e uma política de valorização salarial. O município de Santa Bárbara dOeste não aderiu a paralisação que chegou a 90% na RMC (Região Metropolitana de Campinas).

De acordo com o Sinpro (Sindicato dos Professores de Campinas e Região) a última proposta da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) foi de 7% de reajuste e o anúncio do fim das negociações. Durante a mobilização, os professores decidiram ampliar a mobilização até que a FIESP decida reabrir as negociações.

Segundo as informações do Sinpro, a estimativa é que em Campinas cerca de 1,5 mil alunos foram atingidos. As próprias unidades do SESI Amoreiras e Santos Dumont confirmaram que não estava havendo aulas. "Para toda a categoria dos professores isto que está acontecendo aqui (paralisação) é uma coisa fabulosa. Vocês tiveram coragem de parar. Por isso nós, diretores do Sinpro, temos um respeito enorme por cada um de vocês. Quando não dá mais pra agaentar ser maltratado, desrespeitado a gente tem que ter coragem de enfrentar, e vocês tiveram", disse o presidente do Sinpro, Cláudio Jorge.

Para Conceição Fornasari, presidente do Sinpro e diretora da Subsede de Americana/Santa Bárbara, os professores da unidade do SESI Santa Bárbara sofreram represálias da diretoria. "O Sinpro pretende questionar a direção do SESI 99 de Santa Bárbara dOeste, que usou todas as formas de ameaça e pressão para impedir que os professores aderissem a paralisação. A diretora do CAT de Santa Bárbara, ameaçou, assustou e cobrou um a um dos professores, que acabaram decidindo não parar o SESI 99", disse Conceição Fornasari.

Entre as decisões da assembléia de ontem, aprovadas por unanimidade, foram definidas a realização de nova panfletagem junto a pais e alunos, ampliação da campanha e mobilização para as redes sociais como Facebook e Twitter, exigir da FIESP a reabertura das negociações, manter estado de assembleia permanente e autorização para instauração de dissídio coletivo. Desde já fica convocada para o dia 3 de abril, uma Assembleia Estadual, com todos os Sinpros filiados a FEPESP, na avenida Paulista, em frente a sede da FIESP, em São Paulo.

Na próxima terça-feira, dia 27, está prevista uma nova rodada de negociação na FAPESP em São Paulo. "Caso a FIESP não compareça e mantenha a postura de não negociar nós recorreremos a DRT", adiantou o presidente do Sinpro.

 O presidente também frisou o apoio dos Sindicatos de São Paulo, Mogi Guaçu, Valinhos e Indaiatuba, parabenizando os professores de Campinas e Região pela coragem de enfrentar a direção do Sesi. "Vamos voltar as aulas nos sentindo vitoriosos e dizer aos alunos e pais que continuamos negociando", afirmou Cláudio Jorge.

 Em contato com o SESI Santa Bárbara, a unidade informou via assessoria de imprensa que não se pronunciará oficialmente sobre o assunto, pois, entende que a FIESP ainda prossegue com as negociações.