Washington DC (EUA), 3 de setembro (ANI): Um artigo de revisão publicado na revista Foods descreve um estudo que fornece uma visão geral dos estudos sobre vegetais minimamente processados (MPVs), com foco particular no mercado brasileiro.
São apresentados dados sobre indicadores de higiene e microrganismos patogênicos, especialmente Escherichia coli (principal indicador de contaminação fecal), Salmonella spp. e Listeria monocytogenes, com taxas de prevalência variando de 0,7 por cento a 100 por cento, 0,6 por cento a 26,7 por cento. e 0,2 por cento a 33,3 por cento, respectivamente.
O artigo também discute surtos de doenças transmitidas por alimentos (intoxicações alimentares) associados ao consumo de hortaliças frescas no Brasil entre 2000 e 2021.
“Embora não haja informações sobre se esses vegetais foram consumidos como vegetais frescos ou MPVs, os dados destacam a necessidade de medidas de controle para garantir produtos com qualidade e segurança aos consumidores”, escrevem os autores.
O consumo regular de vegetais desempenha um papel importante na nutrição humana devido às vitaminas, minerais e fibras que contêm.
“Cada vez mais pessoas querem alimentos saudáveis que possam ser preparados em pouco tempo devido à pressa e ao stress da vida quotidiana. Esta tendência levou ao aumento da procura global por MPVs. Por outro lado, os vegetais frescos e os MPVs são frequentemente associados a doenças transmitidas por alimentos. A ligação é preocupante. Os MPVs são higienizados e desinfetados, mas estudos mostram que esse processo pode apresentar falhas, colocando a saúde do consumidor em perigo. Controles rigorosos são necessários para evitar falhas e contaminação cruzada”, disse Daniele Maffei, o último autor do artigo. Ela é professora do Departamento de Agroindústria, Alimentação e Nutrição da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (ESALQ-USP).
Também é vinculada ao Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) financiados pela FAPESP.
Os MPVs são cortados, higienizados e vendidos em embalagens fechadas com rotulagem que sugere que estão “prontos para comer”. Os consumidores os compram para preparar as refeições com mais rapidez e reduzir o desperdício, já que todo o conteúdo de cada embalagem normalmente corresponde a uma única porção. Por serem geralmente consumidos crus, normalmente são lavados em água clorada para remover microorganismos patológicos.
“O produtor é responsável por comercializar produtos com qualidade e segurança microbiológica, o que exige a implementação de medidas de controlo ao longo do processamento. Embora lavá-los em casa possa ser considerado desnecessário, alguns consumidores podem optar por fazê-lo por segurança extra”, disse Maffei.
De acordo com o artigo, processamento mínimo significa o uso de um ou mais métodos para transformar alimentos de origem vegetal em produtos prontos para consumo (RTE) ou prontos para cozinhar (RTC) com prazo de validade prolongado, mantendo o mesmo valor nutricional. e qualidade organoléptica (sensorial) de vegetais frescos. O prazo de validade varia de alguns dias a duas semanas, dependendo de vários fatores, como a qualidade dos vegetais quando frescos, o método de processamento, a embalagem, as condições de armazenamento e a possível presença de microrganismos patogênicos ou deteriorantes.
De acordo com o artigo, processamento mínimo significa o uso de um ou mais métodos para transformar alimentos de origem vegetal em produtos prontos para consumo (RTE) ou prontos para cozinhar (RTC) com prazo de validade prolongado, mantendo o mesmo valor nutricional. e qualidade organoléptica (sensorial) de vegetais frescos. O prazo de validade varia de alguns dias a duas semanas, dependendo de vários fatores, como a qualidade dos vegetais quando frescos, o método de processamento, a embalagem, as condições de armazenamento e a possível presença de microrganismos patogênicos ou deteriorantes.
O processamento mínimo realizado de acordo com as melhores práticas atrasa a perda de nutrientes, evita alterações indesejáveis na textura, cor, sabor e aroma e evita a deterioração microbiana. Uma grande variedade de vegetais pode ser minimamente processada, incluindo folhas verdes, como rúcula, alface e espinafre; vegetais crucíferos, como brócolis e couve-flor; raízes vegetais, como cenoura e beterraba; e pepinos, entre outros.
No Brasil, o mercado de MPVs surgiu em meados da década de 1970 com a expansão das cadeias de fast-food, e a presença de MPVs em lojas de varejo está em constante crescimento, especialmente nos grandes centros urbanos, embora o processamento os torne cerca de duas vezes mais caros que Vegetais frescos.
“O crescimento do mercado de MPVs é uma tendência no Brasil e é imprescindível a introdução de uma legislação que regulamente o processamento e a comercialização desses produtos”, disse Maffei, que atua na área desde 2012 e publicou diversos artigos sobre a microbiologia. riscos associados aos MPVs em revistas como Letters in Applied Microbiology, Food Research International e Journal of the Science of Food and Agriculture). (ANI)