Aparecimentos incomuns de auroras em latitudes bastante baixas foram registrados nas últimas semanas, como resultado de intensas atividades solares recentemente produzidas pela nossa estrela. Esses incríveis espetáculos luminosos, normalmente visíveis em locais do extremo norte do planeta, foram vistos no sul do Canadá e noroeste dos EUA, bem como em todo o Reino Unido – o que é algo bem raro.
Infelizmente, essas não são as únicas consequências que as rajadas de plasma ejetadas pelas erupções solares, carregadas de radiação, causam na Terra quando entram em contato com a atmosfera do planeta.
Além de produzir exibições de auroras, esses eventos, algumas vezes, também podem causar pequenos problemas aos operadores de satélites e redes elétricas, além de comprometer sinais de rádio.
Para conversar sobre tudo isso, o Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (3) recebe a cientista Adriana Valio, que também vai abordar como estrelas semelhantes ao Sol podem criar as condições ideais para a vida em exoplanetas.
Graduada em Física pela Universidade de Campinas (Unicamp), Adriana tem mestrado em Astronomia pela Universidade de São Paulo, PhD em Astronomia pela Universidade da Califórnia-Berkeley, nos EUA e pós-doutorados pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) e pela Unicamp.
Atualmente, é livre-docente pela Universidade de São Paulo (USP) e realiza pesquisas com ênfase em atividade solar e estelar e o impacto na habitabilidade dos planetas em órbita.
Adriana já foi presidente da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) no biênio 2012-2014, onde depois passou a ser tesoureira (2015-2017).
Professora pesquisadora do Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie (CRAAM), foi coordenadora do curso de pós-graduação em Ciências e Aplicações Geoespaciais (2013-2022) da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Também atuou como coordenadora da área de Astronomia da FAPESP (2016-2022) e foi membro do Comitê Assessor do CNPq na área de Física e Astronomia (2018-2021).