Uma isca artificial capaz de detectar uma população inteira de barbeiros é a mais nova Invenção de um grupo de pesquisadores do Centro de Pesquisa René Rachou da Fundação Oswaldo Cruz, em Belo Horizonte.
O produto, que poderá ajudar no controle da doença de Chagas, imita um feromônio (mistura de odores usada para comunicação do inseto) dos barbeiros.
Os testes para o desenvolvimento das iscas foram realizados com três espécies transmissoras da doença de Chagas: Triatoma infestans (foto), Triatoma brazlliensis e Panstrongylus megistus.
A partir dos odores artificiais, os cientistas construíram dois abrigos feitos de papelão, um com a isca química e o outro limpo. "Cerca de 70% dos insetos se dirigiram ao abrigo com as iscas, comprovando a eficácia das misturas químicas para atrair os barbeiros", explicou o coordenador da pesquisa, Marcelo Lorenzo, à Agência FAPESP.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença de Chagas acomete cerca de 20 milhões de pessoas apenas na América Latina. A infecção ocorre quando alguém é picado por um barbeiro contaminado pelo protozoário Trypanosoma cruzi.
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A Tribuna (Santos, SP)