Um sistema de alarme contra desastres climáticos que permite uma antecipação de até quatro dias contra ressacas e desastres naturais no litoral de SP está em operação há quase 1 ano.
No Litoral Norte, o monitoramento contempla todas as cidades: Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.
À reportagem, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) explicou como o sistema funciona.
De acordo com a gestão, o objetivo da plataforma é prever ameaças que se aproximem de cada praia do litoral e, a partir disso, acionar ações de prevenção, gerando alertas aos municípios e às Defesas Civis.
Esse sistema identifica situações que antecedem fenômenos, como, por exemplo, a ressaca do mar, com ondas altas e de intensa energia, associada a perigos como erosão costeira intensa, inundação de praias e dunas, além de maré acima do normal, com inundações enchentes e alagamentos.
O sistema foi batizado de Saric — que é a sigla para Sistema de Alerta de Ressacas e Inundações Costeiras para o Litoral de SP. O sistema tem escala de representação espacial que reproduz trecho a trecho das áreas beira-mar.
O Saric conta com mapas que permitem a visibilidade de cada praia do litoral paulista. O sistema também tem um mapa que aponta o risco de erosão costeira.
Os mapas também podem prever inundações, como em setores de praia com riscos ‘alto' e ‘muito alto' de erosão costeira crônica. O sistema é aberto tanto para a população, quanto para as Defesas Civis e municípios — clique aqui para acessar o sistema.
A Semil explicou ainda que cada uma das praias é monitorada e sua situação é analisada de forma integrada, de acordo com a velocidade dos ventos, nível máximo das marés e altura máxima das ondas de toda a costa paulista.
A partir daí é feita a avaliação das condições das praias e elas são classificadas em três estados: ‘Observação', ‘Atenção' ou ‘Alerta'.
O sistema foi desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) e teve financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.