Mais um passo importante foi dado ontem para que nosso país se transforme, dentro de seis anos, no maior exportador mundial de carnes. Os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram credenciados pelo governo, oficialmente, como zonas livres de febre aftosa, sem vacinação. O ministro Platine de Moraes, que assumiu o cargo com a disposição de promover o comércio externo para o agronegócio, comemorava a decisão como um significativo avanço para os exportadores de carne bovina, suína e de aves.
Otimista o ministro enumera três fatores decisivos para a projeção brasileira no mercado mundial de carnes: qualidade do produto, sanidade dos rebanhos e os cuidados com a preservação ambiental, item de grande interesse dos consumidores europeus. Para garantir essas condições, Platine de Moraes orientou a Embrapa para que intensifique as pesquisas no campo genético não só em favor da pecuária, mas também da agricultura.
Os avanços na área da biotecnologia são animadores, mas é preciso aumentar os investimentos no setor já que esse, junto com a informática e a alta tecnologia, passa a ser os principais motores da economia mundial. Os pesquisadores brasileiros que conseguiram identificar o genoma seqüencial da bactéria causadora do amarelinho (xylella fastidiosa), uma praga que no Brasil ataca os pomares de laranjas, comemoraram a segunda vitória. Os Estados Unidos acabam de comprar a tecnologia brasileira para combater a praga que ameaça as videiras da Califórnia. A produção de vinhos californianos movimenta, por ano, US$ 34 bilhões, informa eufórico o ministro Platine de Moraes, que na semana passada recebeu a notícia, nos Estados Unidos. É um grande orgulho para nós, brasileiros, a descoberta dos pesquisadores da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo). Hoje o ministro anuncia a supersafra agrícola 1999/2000, que deve chegar a mais de 86 milhões de toneladas.
Notícia
Jornal do Brasil