Pesquisa foi feita pela FGV
O Centro de Contingência do Coronavírus, comitê do governo paulista que decide sobre as medidas de quarentena e outras questões relacionadas do coronavírus, irá reavaliar a volta às presenciais programadas para 8 de setembro.
O anunciou foi feito nesta quinta-feira (16), após o coordenador do Centro, o médico João Gabbardo, ser questionado sobre uma projeção feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que apontam a retomada das aulas em meio pandemia poderia aumentar o número de crianças mortas por conta da doença.
Segundo o estudo elaborado por Eduardo Massad, pelo professor Titular da Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o país teve até esta quinta-feira cerca de 300 mortes de crianças devido ao vírus. Com a reabertura das escolas, esse número saltaria para 17 mil.
"Nós estamos falando de vidas. Se perder um ano letivo, ninguém vai morrer por causa disso. Se a gente abrir sem um planejamento muito bem feito e um monitoramento muito bem feito, vão morrer 17 mil crianças. Há uma impressão de que já se pode voltar para a escola, mas as crianças vão morrer", defendeu Massad durante um debate virtual mediado pela Fapesp na segunda-feira (14).
Gabbardo não deu uma previsão de quando essa avaliação será concluída. A retomada das aulas setembro está ligada a classificação de todas as cidades do Estado na fase amarela no Plano São Paulo.
Na segunda-feira, o Governo havia autorizado a volta das aulas práticas de curso universitários e cursos extracurriculares, como aulas de informática, inglês, música e dança.