Faculdade será o primeiro centro colaborador da região; reunião define detalhes do projeto
A Famerp será a primeira instituição da região a colaborar com o Banco Nacional de Tumores, que está em processo de implantação no Rio de Janeiro.
Hoje, pesquisadores da faculdade e do Hospital de Base de Rio Preto participam de uma reunião para discutir detalhes sobre a parceria com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), órgão responsável pela criação do Banco Nacional de Tumores.
Segundo a pesquisadora do departamento de biologia molecular da Famerp (Faculdade de Medicina de Rio Preto) Eloiza Helena Tajara, a coleta e o armazenamento de amostras deve iniciar ainda neste ano.
"A rede de colheita e processamento de amostras de tecidos com tumores é um grande avanço para as pesquisas no Brasil."
Ajuda externa
A implantação do Banco Nacional de Tumores é financiada pela fundação suíça SwissBridge com uma verba de US$ 4 milhões.
"A parceria com o Inca fortalecerá o trabalho de pesquisa oferecendo melhores condições aos alunos", comenta Eny Maria Goloni, diretora de pesquisa da Famerp.
A reunião de hoje na Famerp será coordenada pelo diretor do Banco Nacional de Tumores, José Cláudio Casali da Rocha, e contará com a presença de médicos e pesquisadores de Rio Preto.
Barretos também tem banco
O Hospital de Câncer de Barretos já conta com um banco de tumores.
A estrutura foi inaugurada há dois meses. Ao contrário do Banco Nacional de Tumores no Rio de Janeiro, que recebe amostras de todo o país, o Hospital do Câncer de Barretos armazena amostras apenas da região.
O banco de tumores de Barretos tem capacidade para armazenar até 50 mil amostras, mantidas a uma temperatura abaixo dos 80 graus negativos. A implantação teve custo de R$ 200 mil e contou com parcerias da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Rio Preto e da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
Amostras estão congeladas
O banco de tumores inaugurado há dois meses em Barretos já conta com 600 amostras congeladas.
O Hospital de Câncer de Barretos é uma das maiores referências do país.
Por dia são atendidas 1,2 mil pessoas. Pelo menos 60% são de outros Estados.
Segundo o médico Geraldo Hidalgo, mais de 90% dos atendimentos são feitos gratuitamente.
"São realizados aqui 15% dos diagnósticos de câncer no Estado de São Paulo."
Além de Barretos, também já têm banco de tumores o Hospital das Clínicas, em São Paulo, e o Instituto Nacional do Câncer, no Rio de Janeiro, que vai firmar parceria com a Famerp.