Por Wilson Alves-Bezerra* Ao falar sobre a superação do gênero fantástico tal como existiu nos séculos 18 e 19 – aquele conhecido pelos castelos mal-assombrados, seres horrendos e maldições ancestrais – o escritor argentino Julio Cortázar (1914-1984) foi preciso: “[o fantástico] é uma coisa muito simples, que pode acontecer em plena realidade cotidiana, neste meio-dia ensolarado, agora, entre você e eu, ou no metrô, quando você estava vindo para este nosso encontro.” (Conversas com Cortázar, p. 37). Foi a partir desta [...]
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