O projeto de pesquisa e desenvolvimento “CO2CHEM” lançado pela a Repsol Sinopec e parceiros vai trabalhar no desenvolvimento de tecnologias inovadoras de captura de CO2 para produção sustentável e economicamente viável de hidrocarbonetos verdes, ou seja, compostos químicos produzidos através processos industriais que não emitem gases do efeito estufa. Esses hidrocarbonetos podem ser combustíveis verdes, como diesel e gasolina verde, ou até parafinas especiais utilizadas na produção de cosméticos.
“Atualmente, a redução das emissões de CO2 é um dos pilares fundamentais da nossa estratégia de Pesquisa e Desenvolvimento, alinhado ao objetivo global do grupo Repsol de ter zero emissões líquidas até 2050. Uma das alternativas que exploramos é a utilização do CO2 proveniente de diferentes fontes para gerar produtos de alto valor agregado, como combustíveis e produtos químicos, especialmente aqueles que ainda não possuem substitutos, como lubrificantes, querosene de aviação ou petroquímicos. Esse processo industrial é mais sustentável ao fechar o ciclo do carbono e diminuir a pegada de CO2 das nossas atividades” – Complementa Támara García (foto), gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Repsol Sinopec.
Os pesquisadores vão trabalhar do desenvolvimento à implantação em escala piloto de dois sistemas integrados com tecnologias nacionais capazes de consumir CO2 de diferentes fontes, como por exemplo das atividades de exploração e produção offshore, e H2 (gás hidrogênio) proveniente de processos realizados com energia de fontes renováveis. Dessa forma a produção dos hidrocarbonetos verdes acontece em um ciclo fechado de produção e consumo de CO2.
Como esses sistemas serão os primeiros processos integrados de geração de hidrocarbonetos verdes a partir de CO2 em escala piloto do Brasil, o CO2CHEM é considerado um projeto pioneiro e com ele, a RSB inaugura a sua linha de Pesquisa & Desenvolvimento em Gestão de Carbono, reforçando o seu compromisso com a sustentabilidade, no caminho da transição energética.
Nos aliamos aos melhores cientistas e profissionais do mercado, pois acreditamos que a colaboração é essencial para a inovação.
A ideia inicial do projeto surgiu no Workshop "Bright Ideas for Research and Innovation" organizado pelo Research Center for Gas Innovation (RGCI-USP) em parceria com a Repsol Sinopec Brasil (RSB), em fevereiro de 2020. No evento, especialistas debateram questões relevantes para a gestão de carbono e identificaram a possibilidade da criação do projeto.
Com ideia inicial em rascunho, a RSB se juntou a importantes parceiros, como a empresa Hytron, o Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica da USP e o SENAI CETIQT, através do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras, para desenvolvimento do CO2CHEM.
Além dessas instituições, o Instituto alemão Fraunhofer participará em algumas etapas do projeto, firmando uma importante colaboração para transferência tecnológica da Alemanha para o Brasil. O projeto contará também com o apoio do RCGI, o centro de pesquisas financiado pela FAPESP e baseado na USP, que foi parceiro da RSB desde o início da concepção de ideias para o projeto e que vem se destacando no desenvolvimento de tecnologias para a mitigação de gases de efeito estufa.
O projeto CO2CHEM tem apoio financeiro da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII).
E devido ao seu pioneirismo, o projeto tem atraído interesse de outras importantes agências de financiamento, como a FAPESP, um importante órgão de fomento à pesquisa do Estado de São Paulo, que se demonstrou interessada pelo escopo técnico do projeto.
Fonte: Redação TN Petróleo/Assessoria