SÃO PAULO - O governo do Reino Unido anunciou na quarta-feira (9) o lançamento no Brasil do Fundo Newton de fomento à pesquisa e inovação em países emergentes. O fundo totaliza 375 milhões de libras (cerca de R$ 1,4 bilhão) em 15 países. Ao Brasil serão destinadas 9 milhões anuais de libras (mais de R$ 33 milhões) durante três anos. O valor terá uma contrapartida brasileira, com aporte financeiro de instituições do país voltadas à pesquisa científica.
O anúncio foi feito pelo ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne, em cerimônia na reitoria da Universidade de São Paulo (USP), quando foi assinado um memorando de entendimento entre o governo britânico e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap).
"O Fundo Newton é especial pela quantidade significativa de investimentos envolvidos, pelo tamanho da rede que está sendo construída, pelos tópicos que serão explorados nos projetos de pesquisa e especialmente pelo novo momento que estamos vivendo na história da cooperação entre o Reino Unido e o Brasil", disse Sergio Gargioni, presidente do Confap, na assinatura do acordo.
O memorando com o Confap prevê colaboração bilateral em áreas consideradas chave para o desenvolvimento, como segurança alimentar, transformação urbana, bioeconomia e doenças negligenciadas.
"Ciência é sobre seres humanos tentando descobrir mais sobre o mundo e ampliando as fronteiras do conhecimento", afirmou o ministro britânico Osbome. "Olhamos para o Brasil e vemos o sucesso notável alcançado pela comunidade científica do país - e desejamos trabalhar com vocês. Queremos ver mais estudantes e dentistas brasileiros indo ao Reino Unido." O Fundo Newton apoiará o intercâmbio de pesquisadores e estudantes, a colaboração em pesquisa científica, o desenvolvimento de inovações, as relações entre instituições de ciência e novas parcerias entre os dois países.
A Fapesp analisa a participação no fundo de acordo com seu regulamento. "Certamente trata-se de uma proposta interessante. Mas a Fapesp precisa cumprir todos os trâmites internos da Fundação antes de anunciar a sua adesão ", disse José Arana Varela, diretor-presidente do Conselho Técnico Administrativo da instituição, à Agência Fapesp.
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