A Associação Brasileira dos Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet (Abranet) manifestou-se nesta segunda-feira a respeito da divulgação pela Terremark e pela Hewlett-Packard (HP) de que as duas empresas passariam a abrigar a Internet brasileira. O anúncio feito na semana passada tratava da transferência da administração do NAP ou PTT (ponto de troca de tráfego entre provedores sem que tenha de passar pelo exterior) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para a Terremark e a HP.
Segundo os integrantes da Abranet, o registro de domínios continuará unicamente sob a responsabilidade do Comitê Gestor da Internet no Brasil. "O conteúdo mais valioso da Internet, pela sua importância estratégica - o "Registro.br", é operado por profissionais contratados e que trabalham nas instalações do Comitê Gestor, não sendo passível de ser operado pela iniciativa privada, e assim continuará", diz a nota da Abranet.
O ponto de tráfego entre provedores que passará a ser administrado pela Terremark e abrigado nas instalações da HP não deverá permanecer como o único no País. Futuramente, outros poderão exercer a mesma função. "O Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGIBR -tem projeto, já amplamente discutido internamente, de criar diferentes PTTs nas principais cidades brasileiras, com o objetivo de permitir a redução de custos com 'backbone', permitindo a universalização do acesso", diz a nota. A Fapesp cumpria este papel com exclusividade, mas há cerca de dois anos vem passando a operação à Terremark, que já administra o NAP das Américas, sediado em Miami (EUA). Segundo os números da Abranet, em 2002 havia 1.200 provedores registrados no País.
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Gazeta de Alagoas