No Pólo Regional da Apta (Agência Paulista de Tecnologia em Agronegócios), uma série de trabalhos está sendo desenvolvida a fim de identificar as características agronômicas de algumas plantas.
A engenheira agrônoma e pesquisadora científica Sandra Maria Pereira da Silva, afirma que pesquisa irá reduzir o extrativismo predatório. "O que se visa é gerar tecnologia de produção, indicando o tipo de semente, os tratos culturais e outras informações que só serão possíveis depois de um estudo agronômico sobre cada uma delas", diz Sandra.
Roosevelt Cássio
Uma das plantas que está na mira desses estudos é o cipó suma, também conhecido como fafia ou ginseng brasileiro. É uma planta nativa e bastante presente na região, que sofre muita pressão do extrativismo, por conta da grande demanda nos mercados interno e externo.
"Silenciosamente saem toneladas da região", diz a pesquisadora. O caminho, diz ela, "é fazer um extrativismo sustentável, com a proliferação de mudas em ambiente certo, pois a fafia é uma planta com grande potencial de mercado."
Estudada, "in loco", em propriedades rurais de Cunha, a carqueja também está sendo avaliada e os estudos já indicaram, por exemplo, uma produção média de até 2,6 toneladas de matéria seca por hectare na época de floração, entre os meses de junho e agosto.
Erva Baleeira - Outra planta, a erva baleeira, que também é abundante no Litoral Norte e no Vale do Paraíba, já está sendo utilizada por laboratórios para a formulação de um antiinflamatório já comercializado com a marca Acheflan, concorrente do Gelol.
Há ainda outros projetos em andamento, no qual a Apta atua em parceria com outras instituições como a Unesp de Botucatu, Instituto Agronômico, prefeitura de Pindamonhangaba, Cati e FAPESP. Um deles é o diagnóstico da cadeia produtiva de plantas medicinais aromáticas e condimentares no Vale do Paraíba.
Outro é o projeto "Flora da Área de Proteção Ambiental da Mantiqueira", que visa identificar espécies com potencial anti-cancerígena e para o combate à pressão alta e diurese. Nesta pesquisa participam também a Faculdade de Agronomia e Medicina da Unesp de Botucatu, Instituto Agronômico de Campinas, Universidade de São Paulo e CPQBA/Unicamp.
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