Considerada um "hotspot" de queda de árvores na cidade de São Paulo, a região central concentra a maior proporção desse tipo de ocorrência em toda a capital.
Um estudo recente publicado na revista científica Urban Forestry & Urban Greening analisou os dados de 456 árvores que caíram na área sob jurisdição da Administração Regional da Sé, que compreende oito bairros antigos e verticalizados da capital.
Entre os principais fatores associados ao problema estão o estado da madeira, o estrangulamento da raiz pelas calçadas e as podas drásticas. A pesquisa aponta que o município registra cerca de 2 mil quedas de árvores urbanas por ano, excluindo parques públicos e áreas de proteção ambiental. Durante as chuvas que atingiram a região metropolitana nos dias 8 e 9 de janeiro, o Corpo de Bombeiros recebeu cerca de 250 chamados por ocorrências desse tipo.
Com base nos fatores de previsão, os cientistas sugerem diretrizes para reduzir o impacto da queda de árvores, como uma avaliação detalhada do estado da madeira das árvores em toda a capital. Além disso, o município e as empresas privadas responsáveis por sua gestão devem adotar práticas adequadas de poda. É importante garantir espaço suficiente nas calçadas para o crescimento da raiz, envolvendo tanto os cidadãos, as empresas privadas quanto o governo.