Uma pesquisa realizada pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), em Piracicaba (SP), analisou os impactos na economia brasileira a partir de uma ampliação da produção de etanol e biodiesel, como substituição de parte dos combustíveis fósseis, no período de 2010 a 2030.
Segundo o pesquisador Jerônimo Alves dos Santos, “os resultados mostraram-se relevantes para o desenvolvimento regional e independência energética, do ponto de vista dos impactos sobre as emissões dos gases de efeito estufa. Foram observadas reduções das emissões dos principais combustíveis fósseis da matriz energética”.
O estudo concluiu que a ampliação do uso dos biocombustíveis apresentou-se como uma importante política de desenvolvimento regional e setorial, sendo observada no aumento do PIB e do nível de emprego, especialmente nos estados do Norte e Nordeste, além do impacto positivo na criação de emprego no campo.
Entre os resultados, destaca-se o fato de que os setores que mais contribuíram com a redução das emissões nos estados foram os de Extração de Petróleo e Gás, Óleo Diesel, Gasolina, Transporte, Serviços e Consumo das Famílias. Os estados que tiveram aumento nas emissões, como Tocantins, Mato Grosso e Goiás foram os que obtiveram os maiores incrementos na atividade econômica e no nível de emprego.
O trabalho teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
*com informações da Agência USP