Importantes projetos são prejudicados, afirmam pesquisadores em concorrido encontro no campus da UFRGS
A Associação dos Docentes da UFRGS (Adufrgs) realizou nesta terça-feira, no auditório do Instituto Latino-Americano de Estudos Avançados, o painel 'Em Defesa da Fapergs'.
O evento integra as comemorações dos 25 anos da entidade, completados no dia 17/6.
A iniciativa visou discutir a falta de repasses do Estado à Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs), que suspendeu ou inviabilizou diversos programas, inclusive bolsas, devido à redução nos recursos.
Conforme informações divulgadas pela Adufrgs, o artigo 236 da Constituição Estadual e a lei complementar 9.103/90 prevêem que 1,5% da receita líquida de impostos sejam repassados à pesquisa.
No entanto, os últimos governos disponibilizaram apenas 30% do montante anual.
Em manifesto a ser entregue a parlamentares gaúchos, a comunidade científica lembra que a Fapergs foi constituída à imagem da Fundação de Amparo à Pesquisa de SP (Fapesp), mas nunca conseguiu obter desempenho igual, sobretudo em função da falta de recursos.
Os professores afirmam que as receitas vêm diminuindo nos últimos 12 anos. Desde o ano passado, os repasses ficaram ainda mais reduzidos, intensificando a crise da instituição neste ano.
O corpo docente acredita que, se a Fapergs tivesse o tamanho da Fapesp, o Rio Grande do Sul estaria mais desenvolvido tecnologicamente.
Segundo a presidente da Adufrgs, Maria Aparecida Castro Livi, os cientistas gaúchos querem chamar a atenção dos parlamentares e do governo do Estado, evitando apelar à Justiça.
'Queremos crer que o Legislativo e o Executivo serão sensíveis a essa demanda da comunidade científica, porque sem C&T não há desenvovimento. A relação é direta', argumenta a dirigente de classe.
(Correio do Povo, Porto Alegre, 25/6)
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