O pesquisador da Faculdade de Medicina da USP Renan Leonel comenta os resultados preliminares de um estudo que analisa o impacto da disseminação de desinformação na eficácia das medidas de combate à pandemia no Brasil, nos Estados Unidos e no Reino Unido. Segundo ele, no Brasil, a voz do presidente tem mais impacto para moldar comportamentos, mas o país foi o que assimilou melhor o uso de máscaras.
Link para áudio do Jornal da CBN, da rádio CBN Notícias, com entrevista de Renan Leonel, pesquisador da Faculdade de Medicina (FM) da Universidade de São Paulo (USP) sobre estudo que investiga o impacto da disseminação sistemática de desinformação na eficácia das medidas de combate à pandemia no Brasil, Estados Unidos e Reino Unido. O projeto, intitulado Viral agnotology: COVID-19 denialism amidst the pandemic in Brazil, United Kingdom, and United States (Agnotologia viral: negação da COVID-19 em meio à pandemia no Brasil, Reino Unido e Estados Unidos), foi selecionado em uma chamada lançada pelo Social Science Research Council of New York (SSRC), em parceria com a Herny Luce Foundation. Nos últimos anos, Leonel tem se dedicado a estudar, com apoio da FAPESP por meio de Bolsa Estágio de Pesquisa no Exterior (BEPE) na modalidade Pós-Doutorado, o fenômeno oposto: como cientistas produzem conhecimento, criam processos culturais para viabilizar a sua circulação, estruturam práticas coletivas de lidar com evidências científicas e como essas informações são disseminadas na sociedade