Financiadas pela Fapesp, as obras de recuperação da unidade vão custar 2 milhões e melhorar ainda mais um dos centros de excelência da pesquisa científica.
"Embora não o reformem por completo", informa a assistente técnica para assuntos administrativos do Instituto de Química, Lúcia Janeiro Ribeiro.
Mas não é só. A reforma do Instituto de Química inclui ainda a proteção contra descargas atmosféricas para todos os 24 mil metros de área construída da unidade e o reequipamento das oficinas mecânica, eletrônica e de marcenaria. Essas intervenções vão exigir mais R$ 230 mil - R$ 90 mil para a proteção contra descargas atmosféricas e R$ 140 para os equipamentos.
A coleção completa do Chemical Abstracts - um resumo de todos os trabalhos de química publicados no mundo desde 1907 -, que o Instituto de Química mantém em sua biblioteca, também será beneficiada pelos recursos da Fapesp. Cerca de R$ 12 mil serão gastos para a restauração e encadernação dos 315 volumes da coleção - a única completa em São Paulo - que representa uma importante fonte de consulta para pesquisadores e a indústria.
O diretor do Instituto de Química, professor Walter Colli, elogiou a decisão do Conselho Superior da Fapesp em financiar a reformas da unidade. "A deterioração dos nossos prédios, que têm mais de 20 anos, era um bloqueio à atividade de pesquisa", afirma Colli, citando como exemplo as freqüentes quedas de energia, os danos causados pelos raios em aparelhos preciosos e a água barrenta que servia os laboratórios. "O apoio da Fapesp foi providencial."
Para Colli, o reconhecimento, pela Fapesp, da necessidade de reformar o Instituto ratifica a seriedade com que é administrada aquela agência de fomento à pesquisa. "Não parece Brasil", espanta-se o diretor. Ele acredita, porém, que a instituição não deve generalizar a prática de financiar reformas, a fim de não prejudicar o apoio diretamente às pesquisas científicas. "O financiamento de reformas deve ser feito apenas em casos específicos."
CENTRO DE EXCELÊNCIA
O Instituto de Química é uma unidade em que vale a pena gastar R$ 2 milhões. Criado em 1970 em decorrência da reforma universitária - mas em funcionamento desde 1966, quando departamentos e disciplinas de química e bioquímica de seis faculdades se transferiram para a Cidade Universitária -, ele é formado pelos Departamentos de Química Fundamental e Bioquímica. Localizado numa área de 35 mil metros quadrados - dos quais 25 mil correspondem à área construída - ele abriga grupos de pesquisadores que desenvolvem atualmente cerca de 65 linhas de pesquisas. A média da produção científica é de quatro publicações anuais por docente.
Notícia
Jornal da USP