A ABC ressalta a urgência na formação de profissionais qualificados em campos ligados à inteligência artificial, observando que em outras nações esse processo está em andamento há pelo menos uma década. Destaca-se a importância de intensificar os investimentos nesse setor para evitar que o Brasil fique para trás no cenário tecnológico.
O relatório também aborda a questão da regulação da inteligência artificial e menciona a necessidade de ser clara à população, com ênfase na comunidade científica e empresarial. Ainda, cada restrição deve ser cuidadosamente justificada, explicando por que as leis existentes são insuficientes, a fim de evitar mal-entendidos que possam prejudicar o desenvolvimento do país. A participação ativa da comunidade científica brasileira nas discussões sobre inteligência artificial é essencial, principalmente para avaliar as consequências das regulamentações propostas.
Virgílio Almeida, diretor da ABC, enfatiza a necessidade de investimentos em pesquisa e desenvolvimento em inteligência artificial, alertando que o Brasil não pode ser apenas um consumidor passivo da IA desenvolvida por outros países. Ele destaca que é crucial iniciar esses esforços rapidamente, dada a rápida evolução da IA em outras partes do mundo.
O relatório, assinado por 16 pesquisadores e pesquisadoras de diversas disciplinas, incluindo ciências da computação, ciências sociais, física e saúde, destaca que é imperativo estabelecer políticas públicas e investimentos para reverter a tendência de atraso tecnológico. A inércia nesse sentido pode resultar em impactos negativos a curto prazo na educação, nos indicadores sociais e na economia, comprometendo a competitividade empresarial em todas as áreas.