Que tal um cafezinho com internet? Alguns empresários estão investindo nesta combinação para a abertura de cybercafés, locais onde pessoas alugam o computador para acessar a internet e ainda podem saborear um "menorzinho". A novidade pode virar um bom negócio, principalmente se for associada a outros serviços, como impressão, digitação, escaneamento de imagens, cursos de informática e lanchonete.
"Se não agregar serviços, o cybercafé não dá lucro", afirma a empresária Márcia Bessa, que investiu R$120 mil na montagem de uma loja, inaugurada em janeiro deste ano, em Ondina. No local, chamado l_bess@.com, estão disponibilizados quatro computadores, entre outros equipamentos, possibilitando a gravação de CDs, envio de fax, escaneamento de imagens e impressão de textos, além do acesso à internet. O cyber oferece ainda espaço para o cliente ler jornais e revistas ou assistir a um videoclip enquanto faz um lanche ou simplesmente toma um cafezinho. Quem quiser ainda pode participar de cursos realizados no local. Dois funcionários se encarregam de atender e orientar os internautas.
"Nosso público é formado basicamente por turistas. Por isso a freqüência varia a depender da época do ano. No Verão, a loja fica lotada, mas neste momento temos poucos visitantes", informou Márcia, que tem um faturamento médio mensal de R$6 mil e um custo de manutenção de R$ 2,8 mil. Ela sabe que o retorno financeiro será lento, mas está confiante.
Associar serviços também é o lema de Fernando Nunez, que abriu há um ano e três meses o DVD Cybercafé, na Pituba. Trata-se de uma locadora de DVDs que tem o cybercafé como um atrativo para os clientes. "O cybercafé representa cerca de 10% da minha receita. A procura pelo serviço tem crescido, mas a locadora é nosso carro-chefe", informou o microempresário, que investiu R$ 150 mil no empreendimento. A loja também oferece serviços de impressão e escaneamento, além de lanches. "O cyber-café consegue cobrir seus custos, mas não valeria à perra investir apenas nesta atividade, numa área residencial", afirmou. Para ele, o cyber deve estar situado em local com grande fluxo de pessoas.
O negócio mal conquistou os grandes centros urbanos e já começa a se instalar também no interior. Em Santo Antonio de Jesus, três amigos criaram o Cybercafé Bahia Planet, há um ano e meio, com um investimento de R$ 40 mil. "Já tínhamos um site. O cybercafé veio como uma continuação da atividade", conta o sócio Edmundo Andrade. Para incentivar a clientela e promover o local, os sócios incluíram no espaço uma pequena biblioteca, uma minigaleria e um clube de xadrez, além de oferecer serviços de informática e realizar festas em horários fechados.
"A cidade ainda está se adaptando. Os maiores freqüentadores são visitantes. Não é fácil investir neste ramo, principalmente no interior. É preciso coragem, paciência e correr atrás para agregar serviços", disse. O próximo projeto do Bahia Planet é realizar cursos rápidos de internet para alunos de escolas públicas, com o patrocínio de empresas. Assim, além de garantir uma receita extra, o cyber-café também estará formando futuros internautas.
DIGAS RARA INVESTIR NA ÁREA
Antes de comprar os computadores, consulte os fabricantes, exponha suas pretensões e saiba qual o melhor micro a ser adquirido. Lembre-se que as configurações mudam muito rapidamente. Não esqueça dos acessórios, como câmera de vídeo para internet e microfone.
É preciso ter pelo menos um funcionário especializado em ensinar aos clientes como lidar com os computadores e com a internet. Além disso, é importante que alguém também conheça hardware para solucionar rapidamente problemas com as máquinas.
A conexão com a internet deve ser rápida, o que se configura em um atrativo a mais para a loja, já que boa parte dos clientes pode acessar a internet de casa ou do trabalho com conexões lentas.
O servidor que gerência a rede de computadores deve ter um aplicativo para controlar o tempo que cada cliente utiliza as máquinas.
Os computadores devem ter softwares de navegação, conexão a hospedeiros exteriores, gerenciamento de e-mails, videoconferências, transferência de arquivos, bate-papos, notícias, compressor e descompressor de arquivos. Aplicativos também são necessários, como os editores de tabelas, textos, banco de dados, apresentações e de imagens.
Tenha enciclopédias em software, banco de imagens, banco de sons e programas educacionais para crianças. Disponibilize livros para ensinar a navegar na internet e usar os recursos dos computadores.
É interessante que o cybercafé tenha uma home page com domínio próprio (domínio é o endereço da empresa na internet e deve ser registrado na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, através ae pagamento de uma taxa anual).
Fonte: Sebrae
Notícia
Correio da Bahia