Redação TN / Revista Pesquisa Fapesp
Líder mundial em biocombustíveis, com a produção de bilhões de litros de etanol da cana-de-aúcar e biodiesel, o Brasil poderá produzir etanol a partir do sisal, fibra vegetal abundante no país, usada para confecção de cordas, tapetes e peças artesanais. Estudos são conduzidos pela química Elisabete Frollini, do Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP). A equipe que ela coordena desenvolve placas poliméricas com bons resultados na hidrólise do sisal, primeira etapa da produção do etanol, quando a glicose e outros açúcares fermentáveis são obtidos a partir da celulose e de outros componentes das fibras vegetais.
O trabalho da pesquisadora está centrado na valorização das chamadas fibras lignocelulósicas e de seus três principais macrocomponentes: lignina, celulose e hemicelulose. Sisal e cana-de-açúcar são exemplos desse tipo de fibra.
O interesse pelo sisal, segundo a pesquisadora, se deu porque o Brasil é o maior produtor e exportador global da fibra. Em 2007, a produção mundial atingiu 240,7 mil toneladas, das quais quase metade (113,3 mil toneladas) foi cultivada no país, que pode facilmente dobrar sua produção em curto espaço de tempo.
Originária do México, o sisal (Agave sisalana) é uma planta cultivada em países em desenvolvimento e no Brasil as plantações estão concentradas nos estados da Paraíba e da Bahia. A cultura do sisal tem uma área plantada de 154 mil hectares no país, com produtividade próxima a 800 quilos por hectare
Clique aqui para ler o texto completo, de autoria de Yuri Vasconcelos, na edição 159 da Revista Pesquisa Fapesp.