Estação mais seca facilita a ocorrência de queimadas no Cerrado
Considerada a savana mais rica em biodiversidade no mundo, o Cerrado se transforma durante o inverno. “Com a estação mais seca e as temperaturas mais amenas, verificamos o recolhimento de alguns animais, principalmente répteis e anfíbios, que aguardam a volta das chuvas para se reproduzirem. Até mesmo as aves e mamíferos se locomovem menos pelo Cerrado durante os meses do inverno”, explica o biólogo, professor da Universidade de Brasília e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, Reuber Brandão.
Segundo ele, é possível verificar o fenômeno das queimadas durante a estação, principalmente nos meses mais secos e quentes – entre agosto e setembro. Nesse período, o fogo é mais intenso, atingindo extensões maiores e causando risco para os animais, principalmente os que não conseguem se “entocar”, como os tamanduás.
Outro fenômeno que chama atenção nessa época do ano é a florada de algumas árvores do Cerrado. “Os ipês roxos, amarelos e rosas florescem nos meses de agosto e setembro e indicam, junto com a chegada das tesourinhas, que o período mais seco está terminando”, finaliza o especialista.