Produtores do bicentenário queijo Canastra, fabricado em municípios dos arredores da serra de mesmo nome, em Minas Gerais, ganharam um centro de pesquisas. Lançada em junho, durante o Festival do Queijo Canastra de São Roque de Minas, a rede tem como fim integrar pesquisadores que trabalhem com queijos artesanais para viabilizar parcerias e facilitar o intercâmbio de informações e recursos.
"Os produtores de queijo artesanal precisam ter um melhor entendimento do que precisam fazer para produzir um queijo de qualidade e seguro para o consumo e atender à legislação", explica Bernadette Dora Gombossy de Melo Franco, professora da FCF-USP e coordenadora do Food Research Center, entidade apoiada pela Fapesp e que reúne equipes multidisciplinares de instituições de pesquisa paulistas.
Há um ano e meio, pesquisadores do FoRC trabalham com microbiologia e segurança alimentar junto a produtores da região. Bernadette explica que os queijeiros mineiros são muito empíricos. "Em geral, eles fazem as coisas direito, baseando-se na experiência passada de geração para geração, sem saber muito bem a ciência por trás disso. Nosso objetivo é ajudá-los a entender o que eles fazem e tentar contribuir para resolver a questão da comercialização dos queijos artesanais de forma segura.''