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Quase 70% das deep techs estão concentradas na região Sudeste, diz estudo (43 notícias)

Publicado em 28 de outubro de 2024

Constatação vem do relatório “Deep Techs Brasil 2024”, elaborado pela consultoria Emerge, em parceria com o Cubo Itaú e a CAS

O Brasil possui atualmente cerca de 900 deep techs – startups com foco em inovação baseada em avanços científicos e que buscam superar grandes desafios de desenvolvimento. Quase 70% dessas startups estão concentradas na região Sudeste, especialmente em São Paulo, devido ao apoio de programas como o Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe) da FAPESP. Essas constatações vêm do relatório “Deep Techs Brasil 2024”, elaborado pela consultoria Emerge, em parceria com o Cubo Itaú e a CAS.

Segundo o relatório, o desenvolvimento dessas startups é impulsionado pela colaboração com universidades renomadas, como USP, Unicamp e ITA, que formam um ambiente propício à inovação tecnológica. No entanto, o crescimento dessas empresas enfrenta um obstáculo importante: enquanto 30% delas avançaram para as fases de comercialização e expansão, muitas deep techs levam mais de cinco anos para sair do estágio inicial de desenvolvimento.

Desafios de financiamento e dependência de apoio público

O relatório destaca que 70% dos investimentos nas deep techs brasileiras vêm de subvenções, fomento público e investidores-anjo. Muitas startups dependem desses recursos devido à alta taxa de risco e ao tempo prolongado necessário para amadurecer suas tecnologias. Instituições como FAPESP, Finep, Sebrae e Embrapii têm desempenhado papéis fundamentais no ecossistema de inovação, enquanto o setor privado ainda reluta em investir nesse estágio de risco.

As deep techs brasileiras concentram-se nos setores de saúde e agronegócio, com taxas de crescimento médias de 19,8% e 20,8%, respectivamente, de 2015 a 2024. Essa expansão, embora promissora, reflete os desafios de financiamento e escalonamento que ainda limitam o crescimento mais rápido dessas empresas no cenário brasileiro.