Notícia

Divino Guia

Quanto mais alta a temperatura do Champagne dentro da garrafa, maior a velocidade de saída da rolha.

Publicado em 05 janeiro 2015

Meninas e meninos,

Lendo um texto mais antigo do querido amigo Marcos Piveta, no Jornal do Vinho

www.jornaldovinho.com.br, achei interessante artigo transcrito por ele, extraído de texto publicado pela FAPESP

http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/01/11/alta-temperatura-acelera-rolha-a-55-kmh/, e o publico na íntegra por vir de encontro ao que sempre falo nas palestras que dou sobre espumantes (têm pressão dentro da garrafa ao redor das 6 atm), lembrando que o Champagne é um espumante feito na região de mesmo nome.

Vamos ao texto:

Imagens de infravermelho feitas por uma câmera ultra veloz ajudaram a entender a dinâmica de uma cena comum nas festas de final de ano: o espocar de um champanhe.

 

A equipe do físico Gérard Liger-Belair, da Universidade de Reims Champagne-Ardenne, situada no coração da zona produtora do famoso espumante francês, filmou a saída de rolhas e o consequente escape de dióxido de carbono (CO2) em garrafas que haviam sido mantidas por 24 horas a três diferentes temperaturas, 4, 12 e 18 graus Celsius (°C) (veja artigo científico no Journal of Food Engineering http://www.sciencedirect.com/science/journal/02608774).

 

Os dados do experimento confirmaram que, quanto maior a temperatura do líquido, maior a pressão dentro da garrafa e, por tabela, maior também a rapidez e a quantidade de gás que deixa o recipiente ao ser aberto. A 18°C, a rolha salta da garrafa a uma velocidade de 55 quilômetros por hora e o volume de (CO2) disperso numa nuvem gasosa não detectável na faixa da luz visível, mas sim no infravermelho é enorme. A 4°C, a tampa de cortiça viaja a cerca de 40 quilômetros por hora e a nuvem é nitidamente menor.

Também vimos que, de toda a energia produzida pela retirada da tampa, apenas 5% saem na forma de energia cinética, diz Liger-Belair. A maior parte da energia do sistema parece ser liberada como uma onda de choque, como o bang do estouro da rolha.

Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão