Um ano, cinco anos, no máximo dez anos de sobrevida. Esse era o prognóstico que os médicos transmitiam aos pais de portadores de talassemia até meados da década de 1990, quando a doença - anemia do Mediterrâneo, cujo nome vem do grego talassa (mar) e aima (sangue) - ainda tinha tratamento limitado e oneroso até na Itália, onde é maior sua incidência. Dependentes de transfusões constantes, uma ou duas vezes por mês, os portadores da doença carregavam, colada ao corpo de oito a dez horas por dia, uma bombinha para infusão do [...]
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