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Projeto vai rever Amazônia de 20 milhões de anos (1 notícias)

Publicado em 01 de março de 2013

O que aconteceu na região amazônica nos últimos 20 milhões de anos? Como era o ambiente e quais os organismos que povoavam este lugar? Mais: qual é a explicação para tamanha biodiversidade encontrada hoje nesta região?

Para responder a essas e outras questões, pesquisadores brasileiros e estrangeiros trabalharão durante cinco anos em um Projeto Temático, de forma a entender a origem, a estruturação e a evolução dos organismos que povoam e povoaram a Amazônia a partir de quatro grandes grupos: plantas, primatas, borboletas e aves.

Apoiado pela Fapesp e pela National Science Foundation (NSF), um acordo que prevê o desenvolvimento de atividades de cooperação entre os programas "Dimensions of Biodiversity" (NSF) e Biota (Fapesp).

Aprovado em setembro de 2012, os pesquisadores do projeto - especialistas de áreas diversas, de várias partes do Brasil, Estados Unidos, Europa, Canadá e Argentina - vão se reunir pela primeira vez na sede da Fapesp, em São Paulo, entre os dias 4 e 8 deste mês.

O primeiro dia da reunião será aberto ao público e terá a forma de um simpósio, durante o qual membros da equipe do projeto apresentarão suas linhas de pesquisa e planos de trabalho para os próximos cinco anos.

As apresentações visam informar a comunidade científica e os próprios membros da equipe do projeto sobre os detalhes da linha de pesquisa de cada participante, a fim de estimular parcerias entre os integrantes da proposta e incentivar novas colaborações com a comunidade científica brasileira.

"O grande desafio de trabalhos amplos como este é fazer com que os pesquisadores pensem no projeto como um todo e se preocupem com ele como um esforço conjunto e não só com o módulo de pesquisa que cada um lidera individualmente", disse Lúcia Garcez Lohmann, professora no Departamento de Botânica da Universidade de São Paulo (USP). Ela é a pesquisadora principal da empreitada do lado brasileiro, enquanto Joel Cracraft, do American Museum of Natural History, é o pesquisador principal do lado americano.

"Temos uma equipe muito diversa, incluindo pesquisadores que trabalham com botânica, zoologia, geologia, paleontologia, sensoriamento remoto e ciclagem biogeoquímica", afirmou ela.

"Queremos aproveitar essa oportunidade para que todos se conheçam pessoalmente e comecem a explorar possibilidades para integração e colaboração. Além disso, como o projeto ainda está no começo, será uma oportunidade para que pesquisadores com interesses similares aos nossos aprendam mais sobre a proposta e se juntem a nós", disse Lohmann.

No restante da semana, segundo Lohmann, as reuniões fechadas ao público serão para definir em detalhes como a equipe dará andamento ao Projeto Temático, como, por exemplo, a integração e armazenagem dos dados, e quais serão os produtos específicos e publicações.

"Como estamos trabalhando com pesquisadores com linhas de pesquisas variadas, que ainda por cima estão distribuídos em diferentes partes do planeta, precisamos que a equipe inteira se integre para que possamos gerar os produtos esperados desse projeto."

Mais informações e a programação podem ser vistas no site da Fapesp.

Terra da Gente, com info Agência Fapesp