Biota - Fapesp estuda e reúne dados sobre a biodiversidade do Estado de São Paulo, o que facilita o estabelecimento de políticas conservacionistas
Conhecer e entender a biodiversidade,do Estado de São Paulo e, assim, estabelecer bases para a defesa do nosso patrimônio ambiental. Este é o objetivo primordial do Programa Biota-Fapesp, projeto que une 500 pesquisadores e mais bolsistas, num total de 900 participantes. Criado oficialmente em março de 1999, o programa congrega cinco universidades públicas (Unicamp, USP, Unesp, Unifesp e UFScar), universidades privadas, ONGs, institutos de pesquisa e ambientais, além de centros regionais da Embrapa.
Fauna, flora, solos, relações sociais, química e ocupação da terra estão entre os focos do Biota, diz o seu coordenador, Ricardo Ribeiro Rodrigues, do departamento de Ciências Biológicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP). Esses temas são abordados em 50 diferentes projetos, cujos dados coletados ficam disponíveis na internet pelo endereço www.bic-ta.org.br.
O programa agrega ainda o Sinbiota (Sistema de Informação Ambiental), o Biotaprospecta, e a revista on line Biota Neotropica, todos com interface na internet. O Sinbiota tem como objetivo de integrar informações geradas pelos pesquisadores e relacioná-las a uma base cartográfica digital. O site traz inclusive um Atlas dinâmico digital que permite consultas on line. Já o Biotaprospecta tem entre suas metas a prospecção de produtos químicos de valor farmacológico no ambiente natural.
Todos os dados já coletados e a serem coletados fornecem a base para o estabelecimento de políticas públicas preservacionistas, além de permitir a restauração de ambientes degradados e fornecer, inclusive, informação de cunho educacional. O programa está servindo de modelo para projetos semelhantes que serão desenvolvidos em outros estados e regiões, salienta Rodrigues.
Rede
Integrada ao Sistema de Informação Ambiental do Programa Biota/-FAPESP (SinBiota), a rede Species-Link, foi lançada oficialmente no dia 10 de outubro. A rede permitirá a integração dinâmica de dados sobre a biodiversidade paulista por meio de bancos de dados e protocolos de comunicação interconectados. Serão compartilhadas informações de coleções das três universidades paulistas (Unicamp, USP e Unesp) e de nove institutos de pesquisa, além do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
A expectativa da comunidade científica é de que o Species Link (http.//-splink.cria.org.br/) seja o ponto de partida para uma rede brasileira de coleções científicas. Por outro lado, a rede possibilitará auxílio na resolução de questões como proteção de espécies ameaçadas, mudanças climáticas e planejamento de áreas de conservação. Espera-se que até 2006 o SpeciesLink tenha 750 mil registros de dados.
Notícia
Correio Popular (Campinas, SP)