Um levantamento realizado pelo Departamento de Documentação, Pesquisa e Estudos (Depea) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) indica que apenas 34% das indústrias do estado sabem da existência do Programa de Apoio à Capacitação Tecnológica da Indústria (Pacti), criado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Entre as que o conhecem, só 10% usaram o programa.
A pesquisa envolveu 568 empresas industriais, sendo 55% de pequeno porte (com até 99 empregados), 29% de médio porte (com 100 a 499 empregados) e 16% de grande porte (com 500 empregados ou mais). Os dados foram apresentados pelo diretor titular do Depea, Carlos Alberto Liboni. Segundo ele, "os números indicam que há demanda, mas o dinheiro não chega às áreas de pesquisa e desenvolvimento das indústrias". Entre as empresas que têm conhecimento da existência do Pacti, os dois obstáculos mais apontados no acesso ao dinheiro são a exigência de garantias e o estado de endividamento. Os executivos entrevistados acham que linhas de crédito para comercialização de seus produtos seriam mais importantes do que para pesquisa e desenvolvimento.
O Pacti colocou R$ 8,76 bilhões à disposição de empresas em 1997, o equivalente a 1% do PIB. Para o diretor do Depea, o índice é baixo se comparado à média internacional que é de 3% do PIB para pesquisa e desenvolvimento na indústria. Entre os órgãos que financiam o Pacti, os mais usados são o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Banco do Brasil.
*InvestNews
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Gazeta Mercantil