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Projeto pode receber verba de R$ 600 mil (1 notícias)

Publicado em 30 de junho de 2004

Mesmo para os empreendedores que conseguiram integrar seus projetos na Incubadora de Base Tecnológica de Mogi das Cruzes (Intec), conseguir financiamento e mercado são os principais desafios. No entanto, pelo menos um dos dez projetos residentes e pré-incubados poderá conseguir até RS 600 mil da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A notícia foi dada ontem durante a cerimônia de inauguração da incubadora. Trata-se do projeto de produção de proteínas recombinantes, desenvolvido por três professores, sob a coordenação do professor de Biofísica da Universidade Federal de Minas Gerais e de Engenharia Química da UMC, Jorge Pesquero. Ele explicou que pediu os recursos por meio de um programa da Fapesp: "Recebemos uma carta da Fundação com sinal favorável ao financiamento. A confirmação dependerá da apresentação da documentação. Inicialmente deverão ser liberados R$ 100 mil. Com esse dinheiro, num prazo de seis meses, nossa equipe terá de viabilizar o produto. Na segunda fase o projeto poderá receber mais RS 500 mil. O financiamento é a fundo perdido e ajudará muito nosso trabalho". A proteína recombinante será utilizada, por exemplo, na agropecuária, para ampliar a ovulação de uma vaca de boa procedência. "Precisaremos de aproximadamente RS 1 milhão para desenvolver essa substância até o ponto de aplicá-la em seres humanos e animais", disse o professor. A liberação do financiamento será fundamental, acrescentou Pesquero - o projeto já está patenteado. "Obter recursos para desenvolver os projetos e conseguir mercado para os produtos são os grandes desafios para quem participa da Intec." Outros projetos Além das proteínas recombinantes, mais quatro projetos estão na incubadora: Controle Ambiental de Estufas, Nevrose, Higienização de Clínicas e Aplicações Veterinárias e Câmaras Hiperbáricas. Os projetos pré-incubados são os de Cosmética Veterinária, Higienização Bucal, Gerenciamento de Sistemas de Impressão, Construção de Baixo Impacto e Rodoenergia, para Iluminação Pública. Os projetos residentes estão mais avançados e poderão apresentar resultados mais rapidamente. Os pré-incubados precisarão de mais apoio para crescer. Preocupação A idéia da Intec de Mogi surgiu em 2001. A proposta de transformar idéias inovadoras em empresas com geração de empregos e renda foi desenvolvida pela Prefeitura, Sindicato Rural, Ciesp, UMC, UBC, Sebrae e Senai. O investimento ficou em torno de R$ 420 mil. Dos 60 projetos apresentados, dez foram selecionados e incubados por um período de até dois anos. Um técnico que participou do projeto e pediu ao Mogi News para não ter o nome revelado disse que, apesar dos esforços, a incubadora ainda não está pronta. Falta completar as divisórias entre os boxes, definir a rede de distribuição de luz e água. O prometido apoio aos empreendedores, para a busca de financiamento e mercado, também não estaria ajustado: "As coisas não estão prontas. A preocupação é que o projeto não seja esquecido". O diretor regional do Ciesp, Renato Rissoni, estava fora de Mogi ontem e não foi localizado para comentar o caso.