A realização de pesquisas científicas nas 733 sub-bacias abrangidas pelas bacias do Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) será incluída no projeto Produtor de Água, iniciativa pioneira que começará a ser posta em prática este ano. O objetivo inicial é remunerar os proprietários rurais por serviços ambientais, visando a conservação e a produção de água. O diagnóstico científico e a posterior comprovação da eficiência dos serviços consistem em outra etapa do projeto.
O coordenador da Câmara Técnica de Uso e Conservação da Água no Meio Rural dos Comitês PCJ (CT Rural), Marcus Vinícius Folegatti, realiza, hoje pela manhã, uma reunião com professores do Departamento de Engenharia Rural da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz). O objetivo é que os estudos das sub-bacias sejam adotados como linha de pesquisa na universidade. Folegatti é professor da Esalq e chefe do departamento.
O coordenador da CT Rural será um dos palestrantes do workshop Floresta-Água: Dependência Comum, realizado entre às 13h e 18h, na Câmara de Vereadores. Folegatti pretende levar ao debate a possibilidade de pesquisas científicas, financiadas por recursos de instituições como a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) serem realizadas.
O coordenador de serviços ambientais do programa de conservação da Floresta Atlântica da TNC (The Nature Conservancy), Fernando Veiga, afirma haver pesquisas em diferentes partes do mundo, relacionando a cobertura florestal com o aumento da quantidade e da qualidade de água produzidas pelas nascentes. "Nosso objetivo é obter dados na própria bacia", disse.
O projeto Produtor de Água, diz ele, é uma mudança de paradigma, por ser o primeiro do Brasil a prever a recompensa financeira para os produtores rurais que promoverem ações ambientalmente corretas como conservação do solo e reflorestamento.
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Jornal de Piracicaba online