BRASÍLIA - Para medir os efeitos da derruba e queima da floresta em ecossistemas amazônicos, a Embrapa Acre, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal do Acre (Ufac), Universidade de Brasília (UnB), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade de Washington entre outras instituições nacionais e internacionais, executam em parceria o projeto Combustão de Biomassa da Floresta Amazônica.
Coordenado pelo Departamento de Energia da Faculdade de Engenharia da Unesp, o projeto é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) nos Estados do Acre e Mato Grosso. Serão investidos mais de R$ 2 milhões em pesquisas voltadas para o estudo de parâmetros relativos à combustão de biomassa e suas emissões na Amazônia.
Sistematizar informações sobre o uso do fogo associado ao desmatamento para atividades agropecuárias e florestais na Amazônia tem sido uma das grandes preocupações da pesquisa científica nos últimos anos. "Uma das prioridades do projeto é estudar os efeitos da retirada da floresta e do uso do fogo sobre aspectos bióticos (saúde humana, vegetação, anfíbios e répteis, fungos de solo) e abióticos do ambiente (dinâmica de estoques de nutrientes, dinâmica e fatores de emissão e eficiência de combustão do fogo, emissões de gases de efeito estufa, poluição atmosférica)", explica o pesquisador da Embrapa Acre Falberni de Souza Costa, coordenador da pesquisa no Estado.
De 22 de junho a 14 de julho, pesquisadores da Unesp e Inpe visitam o Acre para, com a equipe acreana, delimitar a área experimental do projeto no Vale do Juruá (Cruzeiro do Sul) e iniciar as atividades de pesquisa. O grupo de especialistas também realiza palestras para técnicos e produtores de Cruzeiro do Sul e Rio Branco sobre os objetivos da pesquisa e resultados esperados, informa a assessoria da Embrapa.