A programação de junho do projeto “CulturAr”, de Campinas, traz a multiplicidade temática do campo cultural. Os bate-papos em formato de lives no conduto do youtube do projeto ampliam e reafirmam o papel da cultura nas relações humanas. Neste mês, na dimensão de economia criativa, destaque para as ‘fazedoras’ que se inspiram em músicas para gerar suas peças, além de mulher cervejeira e produtora de chocolate orgânico.
As mulheres também têm espaço na retrato em bate-papos com duas mulheres multiartistas fotógrafas de gerações diferentes: Marli Wunder que também é artista visual, educadora, tecelã, e Juliana Hilal, que é bailarina, coreografa e diretora de teatro, dirigindo vários musicais de sucesso na cidade. O projeto também apresenta também aulas de forró na grade de programação.
Dani Almeida traz a força nordestina da arte do cordel. Larissa Pedretti, padeira, culinarista e professora do Senac, traz algumas de suas experiências e memórias afetivas da culinária para o bate-papo. Em outro encontro, a Griot Nil Sena compartilha seus conhecimentos da culinária, das ervas, das mulheres e crianças, das artes da verso, teatro, tradições negras, esquina, dança e capoeira. A arte-educadora, dançarina, diretora, pesquisadora de danças populares e orientadora de Artes Cênicas do Núcleo de Artes Cênicas do SESI/Campinas, Inês Viana, conversará sobre as temáticas de teatro e danças populares. E na dança ainda tem as participações das bailarinas Hellen Audrey e Maria Fernanda Miranda em um mesmo bate-papo, e o trabalho sensível dentro dos universos femininos e o tecer dos fios nas narrativas corporais.
A música fica por conta do músico e arte educador Safra Novidade. O destaque da programação para o próprio Abayomi. A partir de 17 de junho, durante 11 dias, a programação será sobre a boneca Abayomi, 10 mulheres de diversos lugares do país trarão a narrativa da sua boneca e farão uma boneca ao vivo no programa, e no dia 28 de junho haverá um encontro virtual das 10 fazedoras das diferentes regiões do Brasil. O encontro com todas ainda terá a participação próprio de Amanda Menconi – compositora do samba Abayomi e integrante do grupo Mana Dinga.
“A cultura é viva e pulsa. Inicialmente faríamos unicamente um live sobre Abayomi. E fizemos um invitação muito simples via rede social e muitas mulheres de diversos locais responderam. Foi lindo! E entramos em um impasse: Qual o critério da escolha? Mas quando pensamos em cultura, nos saberes e fazeres, não dá para preterir. Todo conhecimento é valioso ainda mais com estruturas regionais diversas”, afirma Fabiana Ribeiro, integrante da equipe do conduto.
No dia 30, o projeto encerra o mês de junho com uma guerra de MCs.
Todas as entrevistas e bate-papos ao vivo são realizados com a participação oportunidade e interativa na qual o público pode perguntar e interagir, com aulas de dança e muitas atividades culturais inteiramente gratuitas. A proposta do projeto é reconhecer e valorizar a produção dos fazedores e fazedoras locais.
A programação estará no conduto do youtube ( www.youtube.com/c/CulturAr) e pode ser conferida no site (casahacker.org/culturar ), no instagram (@culturarnasredes) e na página do facebook (www.facebook.com/culturarculturaeeconomiacriativa/).
Sobre o “CulturAr”
“CulturAr” é uma proposta de rede nivelado para a Cultura em todas as duas formas, cores, aromas e sons integrados a informação. O projeto está sendo construído desde 2019 junto à comunidade da Vivenda de Cultura Itajaí e o programa Vivenda Hacker que integra o espaço. A proposta inicial da construção do projeto se daria a partir de oficinas de audiovisual gerar uma série de programas e vídeos para a formação de um conduto sobre cultura. O projeto estava prestes a ser lançado e com a chegada da pandemia causada pela Covid-19 a proposta foi reformulada e adaptada para o momento atual.
A teoria é gerar a rede nivelado de cultura a partir dos conteúdos que estão sendo gerados por artistas e fazedores de cultura e buscar forma também de ajudá-los de alguma forma nesse período crítico. A intenção é transmitir, entrevistas, conversas, apresentações artísticas, também ter um espaço para a economia criativa. Buscando formas e construindo ações que gerem sustentabilidade.
Programação
1º de junho – segunda-feira- às 15h
DANI ALMEIDA
Dani Almeida é arte-educadora, poetisa, escritora, cordelista, contadora de histórias, jornalista e produtora cultural. Pernambucana residente na cidade de Campinas-SP, herdou do seu avô, Euclides Promanação, o palato pela literatura de cordel, segmento onde atua há mais de 10 anos.
Realiza oficinas e workshops de literatura de cordel e espetáculos de contação de histórias em espaços culturais e escolas de várias cidades do Brasil. Também elabora cordéis por encomenda para casamentos, formaturas e homenagens biográficas. Ainda atua uma vez que apresentadora e cerimonialista de eventos culturais e a partir do dia 13 de junho, passa a comandar o Primeiro Sarau Virtual Viva Nordeste, um projeto de celebração a cultura nordestina, contemplado pelo Programa de Ação Cultural, o Proac, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo de São Paulo.
www.youtube.com/c/CulturAr
03 de junho – quarta-feira às 20h
NIL SENA
Nasceu na Vila Salvação, na Cidade de Goiânia-Go e viveu sua puerícia e pré-adolescência no sertão do Maranhão entre os municípios de Montes Altos e Imperatriz, de onde traz uma grande influência Cultural dos Povos Krikatis. Em 1982 veio com seus irmãos para a cidade de São José do Rio Preto-Sp
Em 1988 veio sozinha aos 20 anos de idade para morar em Campinas. É uma jovem Griot com conhecimentos da culinária, das ervas, das mulheres e crianças, das artes da verso, Teatro, Tradições Negras, Quina, Dança e Capoeira. É Instrutora de Lian Gong, Movimento Vital Significativo e Reikiana, além de Doula e Graduanda em Pedagogia pela PUC-Campinas também é Promotora Permitido Popular, Agente Comunitária de Saúde e Coreógrafa do Grupo Maracatucá.
É Autora do Texto do, compositora da trilha sonora, Diretora Artística, Cantora e Atriz do Espetáculo SAIAS, Diretora do Grupo YJEXALÁ SopraElas, Integrante do Grupo de Capoeira Resistência e do Grupo Urucungos, Puítas e Quijengues. Juntamente com seus filhos Luzia e Francisco formam o grupo La Cantante de Lá Trinidady SUS Hijos.
04 de junho – quinta-feira – às 19h30
LARISSA PEDRETTI
Larissa Pedretti, cozinheira, padeira, barista e beer sommelier, com mais de 10 anos de experiência atuando em diversos bares e restaurantes e eventos (tanto comerciais quanto corporativos). Atualmente é docente da dimensão de vitualhas e bebidas no Senac Campinas.
05 de junho – sexta-feira – às 19h30
JULIANA HILAL
A fotógrafa de espetáculos e bailarina Juliana Hilal tem uma vida ligada à cena da dança em Campinas. Bailarina formada pelo método Royal Academy of Dance, iniciou no ballet clássico aos 3 anos de idade. Estudou durante muitos anos dança contemporânea com as professoras Daniela Gatti e Karina Almeida, entre outras. Teve aulas de dança para musicais, jazz e dança flamenca. Atuou uma vez que bailarina, coreógrafa e também uma vez que diretora em diversos espetáculos de teatro músico. É criadora e diretora da companhia Invencível Teatro Músico e co-diretora do Grupo Kê de dança-teatro (juntamente com Renata Nista Spis), ambos sediados em Campinas, SP.
08 de junho – segunda-feira-feira às 15h
LUCIANA SPINA
Publicitária pela Puccamp, atuou no mercado durante 10 anos uma vez que produtora de agências de publicidade de Campinas. Filha de modista e cresceu entre os tecidos, rendas e bordados. O libido de gerar bateu possante e deixou as agências e começou a produzir bolsas e camisetas e a vender nas feiras da cidade . A inspiração é o rock, o cinema e as artes em universal.
LOLO BERTA
Heloisa Bertasoli (Lolo ) , é Artesã , Guia de Turismo, Vitrinista, Mobilizadora Social , Produtora Cultural e Idealizadora do Quina Das Minas (cooperativa de MULHERES fazedoras e criativas)
10 de junho – quarta-feira – às 19h30
MARLI WUNDER
Marli Wunder é artista visual, pintora, escultora, bordadeira, arte-educadora, tecelã e fotógrafa. Uma multiartista nascida em Porto Jubiloso (Rio Grande do Sul/Brasil) que reside há 50 anos na cidade de Campinas/SP. Sua produção visual já integrou diversas exposições coletivas e individuais em todo Brasil, no entanto tem uma vez que prioridade partilhar sua arte no encontro com as pessoas por meio de cursos e oficinas de experimentações com retrato, e diversas artes em fios (bordado, crochê e tear…). Tem publicações na dimensão da instrução, participa de diferentes projetos de pesquisa e também atua na produção fotográfica de espetáculos artísticos e encarte de CDs. Desde 2009 coordena o grupo Entrefios e Memórias no Núcleo Cultural Casarão (Campinas). O grupo se dedica à pesquisa, geração e partilha de bordados e outras artes manuais com fios, tecidos, a partir das memórias e do imaginário de cada participante. Os pontos bordados tecem histórias de encantamento e sonhos, guardados na memória do tempo. A alegria da geração vem do encontro com as próprias experiências. O ouvir, o silenciar, o sentir, o pensar, o bordar e o desbordar fazem secção do processo, dando vazão ao ato criativo tão próprio de cada um.
11 de junho – quinta-feira – às 15h
FERNANDA BRITTO , TAIS AZEVEDO, TECA SATO – Forró D’ elas
AULA DE FORRÓ – apresentação e início das aulas online
11 de junho – quinta-feira – às 15h
SAFRA NOVA
Beto Adão( Safra Novidade), 41 anos, músico, jornalista, compositor, pedagogo de formação, Arte Educador desde 1997, tendo uma vez que trajetória o CIA da Lata, Bate Lata, Oficinas de construção de instrumentos com sucata e escrita criativa em algumas OSCs de Campinas e região , Arte Educador na Instauração Vivenda. Atualmente Orientador de Medida Socioeducativa e fundador da Confraria Safra Novidade que desenvolve ações nas comunidades e com pessoas em situação de rua através da música da escrita e da escuta
15 de junho – segunda-feira- 19h30
LUANA VIEIRA
Luana Vieira – Engenheira de Provisões, proprietária e chocolateira do Monjolo Chocolate bar (www.instagram.com/monjolochocolatebar) e cervejeira da Cervejaria Canela de Ema (www.instagram.com.br/cervejacaneladeema). Com especialização em frutas tropicais e vitualhas fermentados procura através da ciência e tecnologia do Cacau e Chocolate ampliar a cultura e o fortalecimento do setor no Brasil.
17 de junho – quarta-feira às 19h30
HELLEN AUDREY
Formada em Dança pela UNICAMP, atua nos campos da dança, performance e artes visuais. Dentre suas principais criações estão Nosso Flamenco, { Jandiras } e a performance Egas – Pintura e Movimento. Atualmente gere o espaço Vivenda Fusão, em Campinas/SP. Em 2020 foi selecionada com duas obras para integrar a Bienal Naïfs do Brasil, do SESC SP.
MARIA FERNANDA MIRANDA
Goiana, pesquisadora em dança, bailarina e performer, além de co-produtora do “Cine Baru: Mostra Sagarana de Cinema” e condutora ambiental no projeto “O Caminho do Sertão”. Desde 2010, vem efetivando seu trabalho artístico e de pesquisa imbricando dança, performance e esquina com as questões socioambientais do Tapado. Uma vez que resultado de pesquisa de mestrado (2014-2016), desenvolve o projeto “Mulheres de Linhas”, onde o espetáculo e a videodança teve sua dramaturgia construída na relação com a vivência de 10 meses junto as fiandeiras, tecelãs e bordadeiras do Vale do Rio Urucuia (Setentrião de Minas Gerais). Tal projeto recebeu o financiamento à pesquisa pela Instauração de Esteio a Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2015, possibilitando que a artista e pesquisadora firmasse sua traço de pesquisa e geração em dança trazendo a valor do obstruído sob a perspectiva das mulheres para dentro do território das Artes da Cena. Atualmente é doutoranda no Programa de Pós Graduação em Artes da Cena da Unicamp imbricando o campo dos programas performativos, a dança e a vivência juntos as mulheres fiandeiras, tecelãs e tingideiras do setentrião e noroeste de Minas Gerais uma vez que campos de tecedura da prática uma vez que pesquisa e pesquisa performativa para a geração de narrativas que somem força ao movimento pela salvaguarda do obstruído
PROGRAMA ESPECIAL ABAYOMI
18 de junho – quinta-feira – às 19h30
MONIQUE DA SILVA FERREIRA ( MG) – Historiadora, pedagoga e fazedora de Abayomi
19 de junho – sexta-feira- às 15h
MIRIAN ALPI
Mirian Lúcia Gonçalves, 36 anos, procedente de Itu/SP. Professora no Ensino Fundamental (anos iniciais) na Rede Municipal de Campinas. Licenciada em Pedagogia pela Faculdade de Instrução da Unicamp. Concluiu o Mestrado em 2012 e o Doutorado em 2019, ambos na Faculdade de Instrução da Unicamp. Possui Especialização em Instrução e Saúde (Unifesp, 2010) Jornalismo Científico (LabJor/Unicamp, 2016). Pesquisa na dimensão da Instrução com foco em Políticas de Ação Afirmativa; Relações Étnico-raciais e Formação de Professores. Integrou, uma vez que voluntária, o Grupo de Avaliação Continuada do Programa de Formação Interdisciplinar – ProFIS, do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas – NEPP, da Unicamp.
20 de junho – sábado – às 15h
DANIELA ROSA
21 de junho – domingo – às 17h
ELIANA CRISTINA SILVA
22 de junho – segunda-feira- às 19h30
ANDREA FERNANDES
Andreia Fernandes é mulher negra, artesã, professora e pesquisadora. Atua no projeto GRIOT – Pesquisa, divulgação e memória em tradições e contemporaneidades Afro brasileiras desde 2010 em Cabo Indiferente e Região dos Lagos (RJ), projeto levante que já recebeu vários prêmios ao longo de todos estes anos, sendo o mais recente o Prêmio Carolina Maria de Jesus (Percentagem de Direitos Humanos- ALERJ/2019). Com Licenciatura em História pela universidade Veiga de Almeida, pós-graduação em metodologia do ensino de Historia e vários cursos nas áreas de Direitos Humanos e Historia e Cultura afro brasileira, atua na rede publica de instrução, assim com formação de profissionais de instrução para a implementação das leis 10639/03 (obriga o ensino de Historia e cultura africana e afro brasileira) e 11645/08 (obriga o ensino de Historia e cultura indígena e de seus descendentes) e na luta por uma instrução antirracista, mais democrática e de qualidade.
23 de junho – terça-feira- às 19h30
DIRA SOUZA FERNANDES
Formada em Licenciatura em Teatro e em Informação, mas com habilitação em Produção em Informação e Cultura. Atuou uma vez que professora de teatro de bonecos e atriz em Salvador. Atualmente mora em Porto Seguro, sul da Bahia. Uma das fundadoras da Abayomi Vivenda de Cultura. Uma morada de arte, Cultura e artesanato independente, no bairro Cambolo, periferia da cidade. Fazedora de boneca Abayomi, com a exposição ” A Boneca Abayomi Nós de Resistência e Ancestralidade” que reúne obras de artistas de Belo Horizonte, Ipatinga, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Porto Seguro. A morada ganhou esse nome um pouco por isso e o espaço promove saraus musicais, batalhas de rap, oficinas de diversas ordens artísticas.
24 de junho – quarta-feira- às 19h30
ISIS BOTELHO
Pedagoga, com pós graduação em instrução inclusiva, cursando pós graduação e especialização em psicopedagogia e neuropsicopedagogia. Professora e aplicadora da metodologia OPEE. Estudante e pesquisadora da cultura afro-brasileira. Artesã e oficineira.
25 de junho – segunda-feira- às 19h30
CAROL CORONADO
Mãe da Isabela e do Theo, Educadora, Contadora de Histórias, Formadora, Brincante da Cultura Popular, Caixeira das Nascentes, batuqueira de Maracatu, co-criadora com crianças do #MovimentoRaizes.
26 de junho – sexta-feira- (a confirmar)
EVELYN SANTOS
27 de junho – sábado- às 16h30
PAMELA OMI
Ateliê O ‘mi aborda as afro-brasilidades através da boneca Abayomi, com metodologia verbal e avoengo buscando referencias nos griots mestres(a) uma vez que Lena Martins primeira ativista negra a gerar a boneca abayomi no Brasil nos anos 80. O ateliê trabalha com cantigas ancestrais, oficina de confecção de boneca abayomi, feiras afros e instalações artísticas entre outras pesquisas dentro do universo Afro-brasileiro. Procura referência nas culturas negras do sudeste, setentrião e nordeste, traz na voz um“Quina Abayomi”.
28 de junho – domingo- às 16h30
Encontro das fazedoras de Abayomi
Participação próprio: Amanda Menconi – compositora do samba Abayomi e integrante do grupo Mana Dinga