Você já parou para pensar quantos prédios, monumentos, construções ou espaços públicos foram destruídos por guerras, como a que acontece atualmente na Ucrânia, ou simplesmente
Você já parou para pensar quantos prédios, monumentos, construções ou espaços públicos foram destruídos por guerras, como a que acontece atualmente na Ucrânia, ou simplesmente foram demolidos para dar lugar a novas construções a fim de acompanhar o progresso e a modernidade? Esta é uma realidade que nos acompanha há muito tempo e que vem preocupando pesquisadores de algumas áreas.
O patrimônio arquitetônico é composto por edifícios, na sua maioria representativos, que se destacam por seus espaços, formas, estilos, época de construção, técnicas construtivas utilizadas, entre outros aspectos fundamentais, para ajudar a contar a nossa história. Porém, o descaso com o patrimônio arquitetônico e cultural brasileiro, de maneira geral, e as recentes perdas à memória coletiva, como o incêndio no Museu Nacional no Rio de Janeiro, a destruição de parte da Cinemateca Brasileira e o crescimento e adensamento das cidades ampliam o risco de perdas.
Apesar de existirem hoje, pelo menos no Brasil, leis que colaboram para a preservação do patrimônio urbano e arquitetônico, o uso da tecnologia e a internet têm facilitado o registro e o armazenamento dos registros desse patrimônio por meio de fotografias, desenhos, vídeos e arquivos digitais. Esse é um dos objetivos do Projeto Arquigrafia 4.0, sediado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (FAU USP), em parceria com outros institutos da USP e da UFSCAR, com apoio da Fapesp.
Coordenado pelo professor Artur Rozestraten, o projeto vem há mais de 13 anos se constituindo em um dos maiores acervos imagéticos digitais colaborativos da área de arquitetura da cidade de São Paulo e do Brasil, contando com a participação de pesquisadores associados de diversas áreas do conhecimento, da ciência da computação ao design e da ciência da informação à psicologia social. Dentre eles, a historiadora e professora da FAU USP, Beatriz Bueno.