Lançado oficialmente em março de 1999, o programa Biota-FAPESP encerra seu quinto ano de vida com feitos sem paralelo entre iniciativas similares destinadas a mapear a biodiversidade numa grande faixa de terra. Nunca se soube tanto quanto hoje sobre as mais variadas formas de vida encontradas no Estado de São Paulo, um território com 250 mil quilômetros quadrados, um pouco maior do que a Grã-Bretanha - sejam elas microorganismos, plantas ou animais que habitam a terra firme, a água doce ou o mar.
Até agora, US$ 10 milhões foram destinados a cerca de 50 projetos do Biota, um programa guarda-chuva que abriga iniciativas das mais diversas e em áreas distintas. Dentro do Biota, há estudos sobre peixes de água doce e animais marinhos; trabalhos sobre a distribuição dos mamíferos das Américas; projetos que tentam descobrir árvores capazes de retirar grandes quantidades do poluente gás carbônico da atmosfera; levantamentos sobre o grau de preservação da vegetação nativa no estado.
Um dos filhotes mais recentes do programa é a BIOprospecTa, rede que procura biofármacos escondidos nas matas e rios, cujos primeiros quatro projetos de pesquisa acabam de ser aprovados. Esses são apenas alguns exemplos da abrangência do Biota. Haveria outros, mas a lista seria enorme. Com a dedicação e a competência dos 500 pesquisadores e 500 alunos de graduação e pós-graduação que participam de seus projetos, o Biota inaugurou uma nova forma de fazer pesquisa na área ambiental.
Estimulou o trabalho em conjunto e o intercâmbio de informações, em especial via internet, entre pesquisadores baseados em dezenas de instituições de São Paulo (e de outros estados e até do exterior) que antes tendiam a ficar isola dos em seu campo específico de trabalho. "A FAPESP não passou a gastar mais em estudos ambientais com o Biota. Passou a gastar melhor", afirma o biólogo Carlos Alfredo Joly, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ex-coordenador do programa.
Espírito cooperativo contribuiu
O espírito cooperativo norte ou as grandes iniciativas do programa. Quando vão a campo procurar amostras de espécies para seus trabalhos, os pesquisadores do Biota utilizam, por exemplo, a mesma metodologia de coleta de organismos e preenchem uma ficha padronizada sobre os exemplares capturados. Em seguida, os dados da coleta são inserido no Sistema de Informação Ambiental do Biota, o SinBiota, uma ferramenta virtual que contabilizava registros de aproximadamente 56 mil espécies encontradas em São Paulo (44 mil de vida terrestre, 8 mil de água e 4 mil de água doce).
Assim, com os cientistas adotando procedimentos comuns, fica mais fácil comparar os registros de distintas coletas feitas por diferentes pesquisadores do programa. "Mesmo pesquisadores de fora do Brasil comentam que não há projeto internacional como o Biota", comenta Maria Cecília Wey de Brito, diretora do Instituto Florestal, de São Paulo.
Até agora, US$ 10 milhões foram destinados a cerca de 50 projetos do Biota, um programa guarda-chuva que abriga iniciativas das mais diversas e em áreas distintas. Dentro do Biota, há estudos sobre peixes de água doce e animais marinhos; trabalhos sobre a distribuição dos mamíferos das Américas; projetos que tentam descobrir árvores capazes de retirar grandes quantidades do poluente gás carbônico da atmosfera; levantamentos sobre o grau de preservação da vegetação nativa no estado.
Um dos filhotes mais recentes do programa é a BIOprospecTa, rede que procura biofármacos escondidos nas matas e rios, cujos primeiros quatro projetos de pesquisa acabam de ser aprovados. Esses são apenas alguns exemplos da abrangência do Biota. Haveria outros, mas a lista seria enorme. Com a dedicação e a competência dos 500 pesquisadores e 500 alunos de graduação e pós-graduação que participam de seus projetos, o Biota inaugurou uma nova forma de fazer pesquisa na área ambiental.
Estimulou o trabalho em conjunto e o intercâmbio de informações, em especial via internet, entre pesquisadores baseados em dezenas de instituições de São Paulo (e de outros estados e até do exterior) que antes tendiam a ficar isola dos em seu campo específico de trabalho. "A FAPESP não passou a gastar mais em estudos ambientais com o Biota. Passou a gastar melhor", afirma o biólogo Carlos Alfredo Joly, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ex-coordenador do programa.
Espírito cooperativo contribuiu
O espírito cooperativo norte ou as grandes iniciativas do programa. Quando vão a campo procurar amostras de espécies para seus trabalhos, os pesquisadores do Biota utilizam, por exemplo, a mesma metodologia de coleta de organismos e preenchem uma ficha padronizada sobre os exemplares capturados. Em seguida, os dados da coleta são inserido no Sistema de Informação Ambiental do Biota, o SinBiota, uma ferramenta virtual que contabilizava registros de aproximadamente 56 mil espécies encontradas em São Paulo (44 mil de vida terrestre, 8 mil de água e 4 mil de água doce).
Assim, com os cientistas adotando procedimentos comuns, fica mais fácil comparar os registros de distintas coletas feitas por diferentes pesquisadores do programa. "Mesmo pesquisadores de fora do Brasil comentam que não há projeto internacional como o Biota", comenta Maria Cecília Wey de Brito, diretora do Instituto Florestal, de São Paulo.