A professora Mariana Joffily, docente do departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História (PPGH), do Centro de Ciências Humanas e da Educação (Faed), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), participou da programação da Semana de Arqueologia Pública Doi-Codi, em São Paulo.
A pesquisadora é referência nas pesquisas sobre o antigo Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi), órgão subordinado ao Exército durante o período de ditadura no Brasil, e autora do livro "No centro da engrenagem: os interrogatórios na Operação Bandeirante e no DOI de São Paulo (1969-1975)".
A professora integrou o Ciclo de Debates "Conhecendo o Doi-Codi/SP", realizado em 2 de agosto, mediando a mesa intitulada "Documentos de Verdade e Justiça", que contou com a participação de Amelinha Teles, jornalista e ex-presa política; Camilo Tavares, cineasta do documentário "O dia em que a justiça entrou no Doi-Codi"; e Flávio Bastos, advogado e representante do Núcleo de Memória.
O evento foi organizado pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU), da Universidade de São Paulo (USP), Centro de Preservação Cultural (CPC) da USP, e Projeto Arqueo Doi-Codi/SP. O projeto, pioneiro de direitos humanos e Arqueologia, envolve um trabalho integrado de diversas equipes de Arqueologia forense, Arqueologia Pública e Arqueologia das Estruturas Arquirtetônicas, com o objetivo principal de evidenciar as memórias apagadas sobre o que ocorreu no edifício, durante o período da ditadura.
Por meio do projeto estão sendo realizadas escavações, estudos e pesquisas nas antigas instalações do Doi-Codi, local por onde passaram cerca de 7 mil presos políticos, e onde ao menos 51 pessoas morreram. Os materiais e informações coletados serão disponibilizados virtualmente e farão parte do futuro acervo de um memorial que será montado no local.
Jornalista Carolina Hommerding
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