Da Redação
O tempo de aprendizado para o braille poderá ser reduzido drasticamente. Pelo menos é isso o que almeja a empresa Tecnologia e Ciência Educacional – Tece, com o apoio do Programa Fapesp Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas – Pipe.
A ideia que visa facilitar a compreensão deste sistema de leitura consiste numa ferramenta que possibilita a pessoa escrever no método em alto-relevo, também chamada de reglete positiva. Graças ao sistema, não será mais preciso utilizar o espelhamento dos pontos, o que reduz o tempo de aprendizado.
“Essa dificuldade gerava uma ideia de que o braille é um sistema muito difícil de ser aprendido e, com isso, muitos desistiam de aprender”, salienta a fundadora da Tece, Aline Piccoli Otalara, destacando os benefícios da invenção. “Outra vantagem está no despertar do interesse das pessoas no braille por descobrirem o quanto é fácil aprender esse sistema com o novo instrumento”.
Para o desenvolvimento do produto foram realizados diversos testes. Com base nos resultados chegou-se a conclusão de que as que utilizavam a reglete positiva levavam até 40% menos tempo para aprender braille comparado com aquelas que usavam o reglete convencional.
REGLETE POSITIVA – O sistema serve como um molde, onde o papel é inserido entre a parte de cima, que serve para encontrar os pontos, e a de baixo, onde os conjuntos de seis pontos do braille se encontram. “Quando o punção pressiona o papel sobre o ponto abaixo dele, o mesmo fica marcado com um ponto em relevo”, explica Aline.
Com preço inferir comparado com os regletes convencionais, o produto já está sendo vendido no Brasil, com valores variando entre R$ 25 e R$ 42. Atualmente ele está sendo exportado para Portugal e, futuramente, para a Espanha e Argentina.
Informações de Carta Capital