Notícia

Meio Filtrante online

Produção mais sustentável de biodiesel tem sido largamente estudada em diferentes frentes de pesquisa (42 notícias)

Publicado em 21 de agosto de 2023

Uso de nanocompostos deixam a produção do biocombustível mais barata

 

Pesquisa realizada no Departamento de Química da UFSCar apresenta resultados promissores no uso de nanomateriais que aceleram a produção de biodiesel.

O estudo foi apresentado na revista e mostra que o uso de nitretos de carbono na reação que transforma óleos vegetais no biocombustível resulta em tempo menor de produção e melhor qualidade

O biodiesel é uma alternativa renovável ao diesel convencional , que é produzido a partir do petróleo. Óleos e gorduras podem ser transformados após reação química com álcool, que é acelerada por meio de catalisadores.

Atualmente, o diesel vendido nos postos de combustíveis é formulado com 13% da versão “verde “. O país mantém planejamento para ampliar o percentual até 15% em 2026. As alterações devem pressionar a demanda por biodiesel, o que fará que a indústria busque por alternativas produtivas mais eficientes.

Estudiosos de São Carlos, em trabalho que envolveu a Universidade Federal de Minas Gerais e o Max Planck Institut, da Alemanha, testaram sete tipos de nanomateriais à base de nitreto , segundo o professor da UFSCar Ivo Freitas Teixeira, um dos autores da pesquisa.

“Nosso grupo investiga esses materiais há alguns anos e desenvolvemos métodos para modular sua superfície, de modo a permitir que se comportem como catalisadores ácidos ou básicos. Catalizadores apresentam uma série de aplicações, dentre elas o uso na reação para produzir biodiesel a partir de óleos vegetais”, explicou.

Na produção com nitretos de carbono, os pesquisadores locais conseguiram redução de custos pela capacidade de reutilização do catalizador , que tem aspecto sólido, e pelo menor custo do material – que basicamente é formado por carbono e nitrogênio.

“Além disso, o biodiesel obtido se mostrou dentro das especificações exigidas, não necessitando nenhum pós-tratamento, como, por exemplo, o ajuste de pH” , relata.

Os cientistas esperam que o trabalho abra caminho para explorar o desempenho de diferentes materiais para uma produção mais sustentável e eficiente do biocombustível.

Bruno Moraes