De 6 a 8 de julho, será realizado, em São Carlos, o II Workshop do projeto temático "Bioprocess Systems Engineering (BSE) Applied to the Production of Bioethanol from Sugarcane Bagasse", financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) no Programa de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN). O projeto é desenvolvido conjuntamente pelo Departamento de Engenharia Química (DEQ) da UFSCar e pelo grupo de Agroenergia da Embrapa. Durante o evento serão apresentados os principais resultados obtidos no estudo até o momento, além de palestras de especialistas na área.
O projeto, desenvolvido há dois anos e que reúne oito pesquisadores do DEQ da UFSCar e quatro da Embrapa, tem o objetivo principal de desenvolver um software específico para utilização de todos os dados do processo de transformação do bagaço de cana-de-açúcar em etanol. Este programa utilizará as mesmas ferramentas que otimizam a produção nas biorrefinarias de petróleo e controlará a operação dos equipamentos, planejamento da produção, redução de custos em geral e os impactos ambientais gerados no processo produtivo. "Em suma, o objetivo central da pesquisa é viabilizar técnica e, economicamente, a transformação do bagaço de cana-de-açúcar em etanol", conta o professor do DEQ, Antonio Cruz.
A ideia dos pesquisadores é estudar um aproveitamento mais racional da cana-de-açúcar. Com o aproveitamento do bagaço de cana na produção de etanol será possível aumentar o volume do combustível produzido sem a necessidade de ampliar a área plantada de cana-de-açúcar. Com essas medidas, a expectativa é aumentar os ganhos do setor produtivo. O professor afirma que encontrar uma alternativa ao petróleo é uma prioridade para combater o aquecimento global e travar a dependência das importações de combustíveis. O aparecimento dos biocombustíveis criou novas oportunidades para o setor agrícola e deu novo alento na luta contra as emissões de dióxido de carbono. "E neste projeto, além deste benefício, a produção do biocombustível não implica em aumento de área plantada de cana-de-açúcar, já que é produzido a partir do bagaço", comenta Cruz.
Um ponto importante salientado pelo professor é que não se pode pensar em utilizar todo o bagaço para produção de etanol. No processo produtivo atual, o bagaço é queimado nas caldeiras para gerar energia para o próprio processo. Algumas usinas vendem o excedente de energia gerada para a concessionárias de energia elétrica. "Um dos pontos em estudo no projeto temático é avaliar técnica e economicamente este paradigma: produzir etanol ou eletricidade. E este será o tema da mesa-redonda do último dia do Workshop". O evento será das 8 às 17 horas, no Auditório da Embrapa Instrumentação, na rua XV de Novembro 1.452. Mais informações podem ser obtidas no site do Laboratório de Desenvolvimento e Automação de Bioprocessos (LaDABio) do DEQ, www.ladabio.deq.ufscar.br, pelo e-mail cristiane@cnpdia.embrapa.br ou pelo telefone (16) 2107-2908.
Contato para essa pauta: Mariana Ignatios Telefone: (16) 3351-8480 E-mail: mari@marignatios.com
Informativo da Coordenadoria de Comunicação Social da Universidade Federal de São Carlos.