Os príons (proteínas infecciosas) dos humanos e das vacas têm semelhanças genéticas, o que explicaria o vínculo entre a doença da vaca louca (encefalopatia espongiforme bovina) e sua versão humana, o mal de Creutzfeld-Jakob. O estudo, publicado na revista Nature, foi realizado por pesquisadores da Universidade de Oxford, que fizeram comparações entre as seqüências de genes dos príons em animais para produzir a evolução de uma árvore genealógica. Segundo os especialistas, os príons de vaca estão mais relacionados com os das ovelhas que com os dos homens, mas os de vaca e de humanos têm em comum duas seqüências que não se encontram nas ovelhas. Estas características levam à substituição de um aminoácido no príon maduro por outro. Os pesquisadores dizem que essa correlação não é a causa, mas "convém ficar atento a variações que podem estar associadas à aparição de uma nova versão da doença."
Mutação é detectada em bebês de Chernobil
Cientistas britânicos encontraram a primeira evidência de que crianças nascidas nas proximidades da usina nuclear de Chernobil sofreram mutações genéticas. "Esta é a primeira evidência direta de que a radiação de Chernobil realmente provoca mutação em crianças", disse Alec Jeffreys, geneticista da Universidade de Leicester que trabalhou no estudo. Mas o pesquisador ressaltou que a descoberta não significa que as crianças vão desenvolver doenças como o câncer. Um outro estudo, publicado ontem, encontrou um número extraordinariamente alto de mutações genéticas entre ratos que vivem perto da usina. As pesquisas foram reveladas ontem, um dia depois de um grande incêndio ter queimado florestas próximas à usina. Teme-se que a fumaça tenha dispersado elementos radioativos na atmosfera.
Genes de levedo são descritos
Graças a um esforço sem precedentes, cientistas europeus conseguiram elucidar pela primeira vez a seqüência completa do genoma (conjunto de genes) de um organismo vivo, o levedo, utilizado para a fabricação da cerveja, do pão e do queijo. Geneticamente, o levedo se assemelha mais com o homem do que com as plantas. Segundo os pesquisadores, o estudo abre novas perspectivas para o tratamento de doenças como o câncer de ovário e de mama.
Achado um animal pré-histórico
Cientistas americanos do Museu de História Natural disseram na Nature que encontraram no arquipélago das Grandes Antilhas ossos fósseis de um mamífero tão bem preservados em âmbar que até os restos da coluna vertebral podem ser vistos. O achado do pequeno animal pré-histórico insetívoro, que teria entre 18 a 29 milhões de anos, fornece indícios sobre como ocorreu a colonização dessa região.
Notícia
Jornal do Brasil